Seg, 31/05/2010 - 10:49
A mão-de-obra, por exemplo, está cada vez mais cara e o preço a pagar ao produtor até baixou em muitos produtos.
Queixas de Alfredo Pinto, de Mirandela, agricultor há 15 anos.
“A agricultura está mal. A azeitona, quando vim há 15 anos, pagava a jeira a 600 escudos e vendia a azeitona a 80,90 escudos. Hoje vendo-a a 50 escudos e não ma pagam logo. Já a vendia há seis meses e ainda não ma pagaram. E as jeiras pago-as a nove contos.”
Carlos Barroso, de Lamas (Macedo de Cavaleiros) é agricultor desde os 14 anos e queixa-se do preço dos combustíveis.
“Isto está mal. O gasóleo está mais caro, os adubos nem se fala. A partir daí vêm as queimas. Andei a podar as vinhas, a deitar as caldas. Estava bonita. Veio um dia que a geada deu cabo de tudo o que fiz em 15 dias.”
A maior parte dos agricultores faz hoje uma agricultura de subsistência e garante que não compensa ser agricultor.
Alguns até já acusam cansaço.
Exemplo disso é António dos Santos Morais, que tem lutado para manter e melhorar o seu ganha-pão, os castanheiros, mas está longe de ter sucesso.
“Só a seca dos castanheiros faz com que não apeteça trabalhar nadinha.”
Neste Dia do Agricultor organizado pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e pela APPITAD (Associação de Produtores de Produção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro) juntaram-se 315 tractores, num dia repleto de queixas.
Escrito por CIR