Sex, 09/10/2009 - 09:24
“No diagnóstico que fizemos havia 9,2 por cento de prevalência de asma na região de Torre de Moncorvo e Mogadouro, relativamente a um local que não era tão exposto à concentração de ozono, onde a prevalência era de três por cento. Feita uma comparação dá um risco três vezes maior.”
Segundo o mesmo estudo, nove por cento das crianças analisadas nestes dois concelhos sofriam de sintomas de asma, contra os cerca de três por cento registados no Porto.
Sofia Sousa explica que apesar de haver menos poluição na região transmontana, o ozono é uma excepção.
A causa é o facto de a poluição ajudar a destruir o ozono. Havendo menos poluição nesta zona, aumenta a concentração de ozono. Mas Sofia Sousa aponta outra causa.
“Existe o transporte de locais urbanos, a nível regional, e a poluição vai-se acumulando nestes locais, vinda, por exemplo, do Porto.”
A única forma de evitar os malefícios para as crianças é evitar mesmo a exposição, especialmente no verão.
“Quando estiverem alertadas que as concentrações estiverem mais elevadas, podem manter-se em casa. Manter as crianças afastadas do ar livre.”
Segundo a investigadora, a concentração de ozono provoca ainda irritação nos olhos e inflamações no aparelho respiratório.
Escrito por Brigantia