Covid-19: Presidente do Clube Académico de Bragança mostra-se preocupado com o futuro do clube

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Qui, 12/11/2020 - 11:45


Paulo Gonçalves, presidente do Académico de Bragança, teme pelo futuro do clube face ao cenário de pandemia que dura há cerca de oito meses.

A Covid-19 afectou a dinâmica da colectividade - as modalidades estão quase todas paradas, com excepção do voleibol, do hóquei, do ténis e da ginástica de manutenção, que realizam treinos com muitas restrições - e a quebra de receitas é de 50 por cento.

Apesar de todas as dificuldades não há salários em atraso e os postos de trabalho estão para já salvaguardados. “Tem sido uma luta desde Março manter o clube aberto, manter os salários dos nossos funcionários em dia e temos conseguido honrar os nossos compromissos, ou seja não temos dívidas aos fornecedores nem aos nossos funcionários”.

A luta para manter as portas do clube abertas é diária e, por isso, Paulo Gonçalves apela ao apoio das entidades locais, do Governo e dos sócios. “Se não houver uma junção de sinergias, quer da comunidade, quer do próprio Governo e de todas as instituições que nos possam apoiar o clube não vai conseguir manter-se aberto”.

Uma das fontes de receita do Académico de Bragança são as piscinas que este ano funcionaram apenas durante dois meses, o que afectou as finanças do clube. “Havia uma almofada financeira que as piscinas nos davam para encarar a época financeira. Este ano houve um aumento brutal de despesas para manter as piscinas abertas e o período da época balnear foi mais reduzido, pois as directrizes da Direcção Geral da Saúde já chegaram tarde”.

A diminuição do número de atletas será também uma das consequências da pandemia. Grande parte dos jovens do CAB está sem treinar e competir desde Março, uma situação que preocupa e muito Paulo Gonçalves. “Temos sempre a preocupação relativa à parte desportiva dos atletas nas vertentes físicas e psíquicas mas também temos que estar preocupados com a evolução pandémica. Ou seja, é complicado haver um ponto de equilíbrio”,

A direcção do Académico de Bragança trava uma luta diária para manter o clube de portas abertas, mas se o cenário de pandemia se prolongar no tempo pode estar comprometido o futuro da colectividade.

 

 

Jornalista: 
Susana Madureira