Corpo de Leandro encontrado perto do Cachão

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Qui, 25/03/2010 - 10:47


  Já foi encontrado o corpo de Leandro, a criança de Mirandela que se atirou ao rio Tua no início do mês. Esta manhã, pouco faltava para as oito horas, Manuel Geraldo, residente em Frechas, preparava-se para uma manhã de pesca, na azenha do Saldanha, entre Frechas e o Cachão, quando encontrou o corpo.  

“Vinha com as canas, à pesca, e passei por ele sem dar conta, mas depois cheirou-me, olhei para trás e estava lá” conta o pescador.

“Estava mesmo ao pé do rio preso nuns paus pequenos” acrescenta Manuel Geraldo que costuma pescar naquela zona do rio Tua. “Também tenho uns terrenos aí em baixo e passo aqui muitas vezes” mas nunca tinha dado pela presença do corpo.

Por isso suspeita que ele tenha dado à margem “desde que aconteceu esta última enchente”. Manuel Geraldo confessa que “foi uma sensação estranhíssima, mas já tinha pensado que havia de ser eu a encontrá-lo”.

 

O corpo do Leandro foi encontrado a cerca de 12 quilómetros a jusante do local onde se atirou à água, junto ao parque de merendas da cidade de Mirandela.

No local estiveram elementos dos bombeiros de Mirandela, da GNR e protecção civil.

Também o procurador do Ministério Público e o delegado de saúde, marcaram presença e só depois foi possível remover o corpo que posteriormente foi levado para a delegação de Mirandela do Instituto de Medicina Legal, onde ainda hoje deve ser feita a autópsia.

 

O comandante da Protecção Civil distrital refere que era um desfecho previsível.

“Apareceu mais ou menos dentro das nossas expectativas, pois esperávamos que com o decorrer do tempo, o corpo se pudesse soltar, submergir e dar a uma margem” refere Melo Gomes, acrescentando que “a mudança de caudais” pode ter construído para o seu aparecimento bem como “o tempo que o corpo já estava na água que ajuda a ganhar mais capacidades de flutuabilidade”.

 

Já a família do Leandro recebeu a notícia entre a dor e o alívio. “Não estávamos a contar que ele aparecesse, já tínhamos perdido a esperança” refere Paula Nunes, a tia da vítima, acrescentando que “foi um choque muito grande, mas ficámos mais aliviados porque podemos fazer-lhe um funeral digno e saber onde ele está”.

 

No local, onde o corpo foi encontrado estiveram elementos dos bombeiros voluntários de Mirandela, da GNR e protecção civil.

Também o procurador do Ministério Público e o delegado de saúde, marcaram presença e só depois foi possível remover o corpo e levado para a delegação de Mirandela do Instituto de Medicina Legal, onde já foi autopsiado, devendo ser entregue à família, ainda esta tarde.

As cerimónias fúnebres estão marcadas para amanhã às dez horas, em Cedaínhos.

Escrito por CIR