Combater o trabalho precário em Bragança é uma das prioridades do Bloco de Esquerda

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Qua, 07/10/2009 - 10:22


Acabar com o trabalho temporário que existe na câmara municipal de Bragança. Esta será uma das primeiras medidas tomadas pelo Bloco de Esquerda caso vença as eleições autárquicas em Bragança. Essa foi uma garantia deixada em entrevista à Brigantia pela candidata bloquista.

“Acho que é uma situação que, neste momento, não se admite”, sublinha Liliana Fernandes, que propõe ainda “incentivar empresas e organizações que promovam o emprego permanente e manifestem publicamente a sua responsabilidade social”. “Não continuaremos com a actual política do executivo, que apoiou empresas que promovem o trabalho temporário, nomeadamente a Faurécia, porque isso não é viável para a região.”

 

Na agricultura, Liliana Fernandes quer mais apoios para os agricultores da região.

 

“Nós gostaríamos de ver a agricultura mais valorizada na região. Gostaríamos de ver novos empreendimentos, nomeadamente de jovens agricultores, porque há jovens dispostos a isso. Passa pela maior promoção dos nossos produtos, a castanha, a batata. Não precisamos de subsídios para não produzir, bem pelo contrário, e por ajudas na colocação do nosso produto lá fora. Não só aqui na região mas porque não em Espanha?”

 

A candidata do Bloco de Esquerda à câmara de Bragança não concorda com a quantidade de prédios que foram feitos na cidade, e defende que a câmara devia apropriar-se das casas degradadas.

 

“Mas uma apropriação temporária. Serão habitações requalificadas pela câmara e colocadas numa bolsa de arrendamento a ser criada. Ao fim de um determinado período de tempo, entre cinco a dez anos, em que a autarquia consiga reaver o investimento, o seu proprietário poderá reaver o seu imóvel. Quanto à mobilidade, defendemos o alargamento dos horários dos transportes públicos porque nas aldeias muita gente não vem à cidade ao fim-de-semana porque não tem transporte.”

 No entanto, na área da educação discorda do candidato distrital do Bloco à Assembleia da República, Luís Vale, defendendo a Universidade em Bragança.

“Atendendo à actual conjuntura de crise e ao facto do IPB ir perdendo alunos de ano para ano, teremos de estudar muito bem a situação. Obviamente que sendo viável nos bateremos pela instalação de uma universidade aqui na cidade, claro que sim.”

 

Liliana Fernandes promete ainda a criação de um gabinete municipal de emergência social para ajudar as pessoas afectadas pela crise.

 

Uma entrevista para ouvir na íntegra já a seguir às 9h00, com repetição depois das 21h00.

Escrito por Brigantia