Qua, 13/09/2023 - 09:06
O dirigente da CNA, Vítor Rodrigues, pede que sejam contabilizados rapidamente os estragos e que os agricultores sejam ajudados.
“Os apoios ao restabelecimento do potencial produtivo, porque houve muita coisa que se terá estragado, uma vez que estamos a falar de culturas permanentes, o olival e a vinha, e por outro lado o apoio à perda de rendimento, que normalmente os Governos têm sido mais renitentes em atribuir este apoio, mas ele impõe-se porque houve perdas, pelo menos daquilo que conseguimos apurar de alguns agricultores, da ordem dos 80% no olival e nalguns casos na vinha na ordem dos 50%, referiu.
A CNA pede ainda ao Governo que tenha em atenção a burocracia, que muitas vezes é um entrave para os agricultores na candidatura aos apoios.
“Quando se faz uma lista de exigências documentais isso significa que as pessoas vão ter que recorrer a várias fontes para obter esses documentos e depois terão que ser validados, depois é preciso que estejam dentro de determinados critérios, de que não eram sequer, em alguns casos, do conhecimento do agricultor, quando os preencheu. Há toda uma série de situações que constituem barreiras para que os agricultores consigam chegar aos apoios e às vezes os próprios critérios de elegibilidade podem desde logo matar a possibilidade de se candidatar ao apoio”, vincou.
Em Maio e Junho, as intempéries também provocaram grandes prejuízos na agricultura transmontana. O Ministério da Agricultura anunciou um apoio de 50 euros por hectares, que acabou por ser criticado pelas associações, que disseram ser irrisório. Agora a Confederação Nacional da Agricultura teme que a ajuda possa também não ser ajustada às necessidades.
A CNA reclama ao Governo apoio para os agricultores afectados pelo mau tempo este mês. Quer ainda seguros agrícolas, adequados à realidade das produções, uma vez que os agricultores dizem que os que existem não estão adequados à região.
Escrito por Brigantia