Ter, 17/08/2010 - 09:26
Graciela Nunes é uma das principais dinamizadoras deste movimento e explica que esta iniciativa “surge por este vai e vem de incertezas”. “Temos a memória colectiva. Há pessoas que choram porque a linha se vai embora” refere. “Em todo o mundo os comboios históricos são acarinhados. Porque é que nós não o devemos fazer?” questiona.
Graciela Nunes acrescenta que a causa já tem mais de uma centena de apoiantes em Codeçais e nas aldeias vizinhas, mas o objectivo é que continue a crescer.
Armando Azevedo está também na linha da frente deste novo movimento e assegura que não quer ver a linha morrer.
“Passei nesta linha desde muito pequenino e até trabalhei nela. Dói-me ver o estado em que ela se encontra e assim não pode continuar” afirma. “Faço um apelo aos nosso representantes políticos para que olhem a sério para esta linha porque ela merece ser restaurada e continuar até Puebla de Sanábria” salienta.
Maria Dulce, Armanda Ferreira e Manuel Ferreira são outros aderentes ao movimento, mas enquanto elas defendem acerrimamente a reabertura da linha do Tua, ele começa a ter dúvidas que tal venha a acontecer.
“Eu não sei se a barragem vai para a frente ou não mas acredito que quando uma casa fecha já não volta a abrir” considera Manuel Ferreira.
Maria Dulce diz que viajou muito na linha “para Mirandela, Bragança e para o Porto quando o meu pai estava doente por isso digo que tem de ser aberta”. Já Armanda Ferreira que tem “amigos no Luxemburgo que conhecem a linha acham que é uma pena fechar e por isso devem voltar a abri-la”.
Está formalizado o Movimento de Cidadãos em Defesa da Linha do Tua, nascido em Codeçais, Carrazeda de Ansiães.
Já tem mais de uma centena de aderentes e promete preparar várias acções para cumprir os seus objectivos.
Escrito por CIR