Qui, 08/02/2024 - 09:08
A exploração está a cargo da empresa Aethel Mining, desde 2020, mais de 30 anos depois de as minas terem estado ao abandono.
Para esta fase definitiva estava previsto um investimento de 550 milhões de euros, no entanto, a APA considera que o Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução “não integra informação suficiente detalhada sobre o projecto de execução, que permita a avaliação e a minimização dos impactes ambientais que lhe estão associados”.
Considera que o “Plano de Lavra apresentado parece ser uma reedição do projecto submetido na fase anterior”, “descrevendo-se apenas situações genéricas”.
No relatório da APA é possível ainda ler-se que “também não foram apresentados vários estudos e elementos previstos pelo que, no geral, se considera não ter sido demonstrado o cumprimento das condições da DIA (Declaração de Impacte Ambiental) emitida em fase de estudo prévio, para a fase definitiva do Projecto” e que “a inadequação da documentação é também evidenciada nos resultados da Consulta Pública realizada e no Parecer Externo recebido”.
O Estudo de Impacte Ambiental já foi submetido em 2015, ou seja, há quase uma década, pelo que considera estar “desactualizado” e, por isso, “a futura avaliação do projecto de execução reformulado, deve ser efectuada através da apresentação de um novo Estudo de Impacte Ambiental”.
O projecto de execução fase definitiva consiste na exploração faseada, em 60 anos, dos depósitos de Carvalhosa, Pedrada e Reboredo-Apriscos. Desde 2020 que já está em exploração o depósito da Mua.
Contactámos a Aethel Mining para saber como vê este parecer da Agência Portuguesa do Ambiente e se submeter novo projecto para avançar com a exploração. Remeteu esclarecimentos para hoje, estando aguardar uma resposta.
Escrito por Brigantia