Qua, 17/03/2010 - 10:17
A unidade já existente vai ser reforçada de valências e dispositivos de diagnostico e tratamento do cancro.
O projecto ainda está numa fase inicial, mas a melhoria dos serviços de oncologia vão avançar já através de uma parceria estabelecida hoje com o Instituto Português de Oncologia do Porto que pretende dar mais garantias de tratamento aos doentes.
Em Macedo, os serviços vão ser requalificados, como avança Henrique Capelas, presidente do conselho de administração.
“Vamos criar uma clínica oncológica, dentro do espaço hospitalar, mas será completamente autónoma, que o doente, quando lá entrar, note que está num mundo diferente, com mais humanismo para o doente”, sublinhou.
O Centro Hospitalar ainda não tem a intervenção calendarizada nem orçamentada, mas o Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, garante que o Governo vai dar o apoio financeiro necessário para a criação desta clínica.
“Uma coisa é certa, o nosso distrito tem vindo a sofrer uma revolução em termos de investimento do Estado. Com o cuidado que tem havido com as prioridades, isto é prioritário e não será por falta de dinheiro da saúde que deixará de se fazer. Haja vontade destes dois hospitais”, garantiu Jorge Gomes.
A partir de agora os doentes com cancro vão passar a ser referenciados para o Centro Hospitalar do Nordeste e graças a este acordo com o IPO vão poder ser operados e tratados na região.
O director clínico do IPO, José Lopes, salienta a importância deste protocolo que vai garantir aos doentes transmontanos um tratamento com qualidade e mais perto de casa.
“Garantir aos habitantes da área servida pelo CHNE que vão ter a mesma qualidade como se fossem tratados no IPO do Porto e que serão tratados tão próximo da família e de casa quanto a sua saúde permita”, começou por dizer. “Vamos articular-nos de modo a que entre nós saibamos aquilo que o doente pode fazer no seu hospital de proximidade, o que terá de ser feito em hospitais especializados e que logo que a situação esteja resolvida, o doente não precise mais de recorrer ao Porto e possa ser tratado na sua zona de residência”.
O Centro Hospitalar do Nordeste garante que as negociações com o IPO já decorriam antes de serem conhecidas as conclusões de um estudo para a reestruturação da Rede Nacional de Referenciarão em Oncologia e que colocava os serviços no Nordeste Transmontano abaixo dos números mínimos exigidos para a sua manutenção.
Para o conselho de administração este acordo prova que nenhum serviço vai encerrar na região pois Henrique Capelas acredita que os valores mínimos vão ser atingidos.
“Os números do CHNE já andavam muito próximo desse número e iremos facilmente ultrapassá-los”, garantiu. “Nunca foi objectivo do Ministério da Saúde encerrar ou fechar pelo facto de não atingirmos os números mínimos, porque depois há outras circunstâncias, como as acessibilidades. Mas serão ultrapassados”, reafirmou.
A interacção entre os médicos do Centro Hospitalar e do IPO vai ser feita por vídeo-conferência.
Em breve o equipamento vai ser instalado.
Escrito por Brigantia
