CHNE aumentou cinco vezes o número de cirurgias

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Ter, 01/06/2010 - 10:15


Em quatro anos, o Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) realizou quase cinco vezes mais cirurgias.

Um resultado conseguido muito graças à aposta na cirurgia de ambulatório.

No ano passado, 3237 doentes foram submetidos a intervenções cirúrgicas, enquanto que em 2005 foram operados 717 utentes.

Números que representam uma das maiores taxas de aumento de cirurgias em todo o país, salienta Henrique Capelas, presidente do conselho de administração do CHNE.

“Foi dos hospitais que a nível nacional mais cresceu. Estamos a falar em taxas na casa dos três dígitos. Em 2009 fizemos intervenções em 3300 doentes contra 700 em 2005. Isto dá um crescimento de 300 por cento. São números que nos deixam bastante satisfeitos.”

Esta situação contribuiu também para fazer reduzir o tempo das listas de espera.

Em oftalmologia, por exemplo, actualmente ronda os dois meses enquanto em 2005, os doentes tinham de esperar cerca de oito meses por uma operação às cataratas.

Uma aposta que o CHNE quer alargar a outras especialidades.

“Eliminámos a lista de espera que existia. Nesta altura continua a haver inscrições, mas temos capacidade para manter as intervenções em quantidade e qualidade. E ganha esta aposta da oftalmologia, estamos a criar um programa para outras áreas do âmbito cirúrgico, nomeadamente cirurgia geral, ortopedia, ginecologia, gastrenterologia. Não temos lista de espera nestas especialidades, exceptuando ortopedia.”

  

Henrique Capelas acrescenta que no serviço de Urgência é notória uma diminuição.

“Costumo dizer que as urgências diminuem devido essencialmente a dois factores. Por um lado, pela melhor qualidade e oferta que os hospitais prestam aos utentes. Por outro lado, devido ao melhor funcionamento dos cuidados primários.”

Para Henrique Capelas estes resultados só foram possíveis graças à criação do Centro Hospitalar do Nordeste.

No entanto, já em Abril deste ano, a Administração admitia que este aumento de cirurgias tem um lado negativo, já que é, em parte, responsável pelo aumento da despesa do CHNE, que em 2009 trepou para os 12,4 milhões de euros.

Escrito por Brigantia