Cercado para corços não consegue albergar animais

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Sex, 04/12/2009 - 09:27


Está a ser difícil colocar em funcionamento o cercado dos corços, na zona de Caça Associativa de Grijó e Vilar do Monte, em Macedo de Cavaleiros. A importação de corços de outros pontos do país é proibida porque a espécie tem características próprias a norte do Rio Douro, o que dificulta a concretização deste projecto.  

Devido a esta impossibilidade, a Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte pediu a realização de um estudo para analisar o padrão genético dos corços transmontanos, a fim de comprovar a sua singularidade.

Mas, muito tempo depois, os resultados ainda não chegaram.

 

Para povoar o cercado criado nesta zona de caça associativa, só existia uma forma.

“A Autoridade Florestal cedeu duas fêmeas, e tentou fazer-se uma captura de corços no cercado da Nogueira, onde era suposto existirem, mas constatamos que não os havia” explica o presidente da associação, Raul Fernandes.

 

O protocolo com a Autoridade Nacional da Floresta que iria permitir a introdução dos 12 corços no cercado de Grijó não teve resultados práticos.

Uma infra-estrutura que existe e que não pretendia ser apenas destinada à reprodução da espécie, mas sim também à utilização com fins didácticos.

 

“É pena que este cercado esteja parado há tanto tempo, porque com 12 animais já tínhamos posto muitos corços cá fora” refere Raul Fernandes, acrescentando que “nós criamos o cercado também com um objectivo didáctico, pois nos temos ali dois observatórios preparados para lá introduzir para fazer observação dos animais e fizemos trilhos para se poder circular a cavalão ou a pé”.

 

Seriam as escolas do concelho e da região a visitar este cercado dos corços, e consequentemente a receber uma outra visão da caça, com um maior respeito pelas espécies cinegéticas.

O cercado dos corços de Grijó e Vilar do Monte está preparado para 12 animais, mas ainda não tem nenhum.

Escrito por CIR