Centro Hospitalar com mais queixas dos utentes

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Seg, 16/11/2009 - 11:22


Aumentaram as queixas dos utentes no Hospital de Bragança. De acordo com um relatório interno a que a Brigantia teve acesso, nos primeiros seis meses deste ano, as queixas quase triplicaram.  

Em duas das três unidades do Centro Hospitalar do Nordeste houve um aumento de reclamações dos utentes.

 

De dez queixas registadas no primeiro semestre de 2008, o livro de reclamações do hospital de Bragança registou nos primeiros meses deste ano 28 queixas.

 

Na Unidade de Macedo de Cavaleiros houve um aumento residual, de cinco para seis reclamações.

 

Mirandela foi a unidade hospitalar que registou uma diminuição, mas é a que mantém valores mais elevados. De 33 queixas registadas no primeiro semestre de 2008 passou-se para as 31 este ano.

 Ao todo, houve mais 17 reclamações no Centro Hospitalar do Nordeste ao longo dos primeiros seis meses deste ano. Um aumento de 35 por cento.

Existem ainda oito elogios e 64 sugestões em todo o Centro Hospitalar.

 

De acordo com o mesmo relatório, “as sugestões são apresentadas em maior número no Gabinete do Utente, e os serviços são imediatamente abordados no sentido de serem introduzidas as sugestões apresentadas”.

 

Os médicos reúnem dois terços das queixas dos utentes. Em termos de serviço, são as urgências o mais problemático, com metade das reclamações. Mais de metade das queixas são devido à “demora no atendimento”.

 

Nota ainda para o número de doentes atendidos. Nos primeiros seis meses deste ano, houve mais 6500 atendimentos do que em igual período do ano passado.

 

A Brigantia contactou a administração do Centro Hospitalar do Nordeste, que prometeu uma reacção oficial para o final do ano, altura em que será apresentado o balanço anual do Gabinete do Utente.

 

Ainda assim, Isabel Barreira, a vogal do Conselho de Administração responsável pelo gabinete, desvaloriza o aumento das queixas. Sem querer gravar declarações, indica o aumento de atendimentos nas urgências para explicar o aumento de queixas de utentes, que considera “residuais”.

 

Segundo Isabel Barreira, a maior parte das reclamações são relativas ao tempo de espera e são de doentes com prioridade baixa no atendimento. Os médicos são os principais visados.

 

A finalizar, Isabel Barreira explica que este relatório serve para “informar os profissionais das reclamações de maneira a promover as alterações e melhorias necessárias”.

Escrito por Brigantia