Casas da fronteira de Quintanilha acolhem militares

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Qua, 02/07/2008 - 08:48


Depois de terem acolhido os trabalhadores das obras de construção da Ponte Internacional de Quintanilha, as antigas casas da Guarda-fiscal naquela fronteira de Bragança vão agora dar abrigo a militares que vão vigiar o Parque Natural de Montesinho durante a época de incêndios.  

As casas, que estavam fechadas desde o inicio da década de 90, são agora propriedade do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e esta nova utilidade surge na sequência de uma parceria estabelecida entre o Parque Natural de Montesinho, o Exército Português e a Direcção-geral dos Recursos Florestais (DGRF).

 

“Os trabalhos da ponte já terminaram e as casas estavam desocupadas e agora vão servir para alojar uma equipa de militares que vai efectuar acções de vigilância e detecção na área do Parque Natural de Montesinho, até Outubro” explica Paulo Cabral, director adjunto do Departamento das Áreas Classificadas do Norte.

 

Este responsável acrescenta estas equipas “deslocam-se em áreas de maior risco de incêndio e têm capacidade para fazer uma primeira intervenção até que cheguem os bombeiros”. A área de intervenção dos militares é essencialmente a “área oriental do parque, conhecida pela Lombada e que fica próxima do local onde vão ficar sedeados em Quintanilha” acrescenta Paulo Cabral. Esta equipa vai complementar outro grupo de militares que fica instalado no quartel da (DGRF), em Cova de Lua.

 

No ano passado arderam 319 hectares nesta área protegida.

Entre Janeiro e Março deste ano já foram consumidos pelas chamas cerca de 1127 hectares por causa das queimadas não autorizadas.