Carlos Barbosa disse que se o Estado investisse mais, haveria maior retorno.

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Seg, 07/03/2011 - 19:50


O Presidente do Automóvel Clube de Portugal, em entrevista ao Diário Económico, disse que o estado poderia investir mais e que se não fosse o dinheiro público, não haveria Rali de Portugal. 

 

(Carlos, Barbosa) "avisa que, sem o dinheiro público, não haveria rali, mas defende que em alturas de crise estes eventos fazem falta. Presidente do ACP e membro da lista de Godinho Lopes na candidatura à presidência do Sporting, diz que dificilmente um piloto português terá condições para lutar pelo título mundial e avisa que o Mini de Armindo Araújo pode ser muito competitivo.

 

O rali de Portugal custa 3,5 milhões de euros: seria viável sem o apoio do Estado?Não, sem apoio do Estado deixa de haver rali de Portugal por uma razão muito simples: o Estado, neste momento, contribui com cerca de dois milhões de euros, metade do Turismo e outro tanto através do Instituto do Desporto, o restante milhão e meio vamos buscar aos patrocinadores principais do rali que não têm, nesta altura, capacidade para dar mais do que dão.

 

 

Por quantos anos está garantido o rali?Pela FIA, até 2013, mas não sei se está garantido, pois caso não haja dinheiro, não haverá prova.

 

 

Faz sentido, numa altura de crise, organizar esta prova?Não só faz sentido como devia haver mais rali de Portugal, porque só em termos de retorno directo em comidas e dormidas, no ano passado, gerou 50 milhões de euros e em retorno para o País são cerca de 90 milhões de euros. Se houvesse muitos ralis de Portugal se calhar não era preciso investir em tantas campanhas de turismo nem em tantos acontecimentos que não trazem ninguém a Portugal e às vezes têm subsídios iguais aos nossos sem qualquer relevância para o País.  Temos o maior evento desportivo em termos de retorno depois do Euro 2004 e, portanto, não só o governo investe bem aquilo que aplica como até deveria investir mais, pois, se o fizesse, teríamos hipótese de fazer um rali cada vez melhor.  Estamos numa contenção de custos muito grande e há uma série de pilotos convidados que podíamos trazer, mas isso não é possível porque não temos capacidade. Mesmo assim temos 74 inscrições quando a maior parte dos ralis do Mundial tem entre 30 e 40 inscritos, ou seja, o rali é apelativo para as pessoas que cá vêm." Entrevista na integra de Paulo Jorge Pereira e Filipe Garcia - Diário Económico