Sex, 31/12/2010 - 09:18
Luís Vale, o autor da proposta, diz que é uma questão de justiça social.
“Se as empresas e instituições que querem usar o espaço público são obrigadas a pagar uma taxa porque é que os bancos têm de continuar isentos?” questiona. “Não faz sentido” considera. “Principalmente quando são essas instituições que tiram maior benefício desse espaço” acrescenta.
Mas Luís Vale admite que esta proposta possa criar o receio de serem os utilizadores a vir a pagar a taxa dos bancos, caso a medida avance.
“É legítimo existir esse receio à partida mas penso que não há razões efectivas para que os bancos procedam dessa forma face aos lucros que apresentam” refere.
Caberá agora à autarquia definir a forma como isso irá ser feito.
A medida tem agora de ser aprovada em reunião de câmara.
O presidente diz que ainda terá de estudar esta proposta.
“É uma recomendação sobre a qual iremos pensar” afirma Jorge Nunes, acrescentando que “o conselho geral da associação de municípios portugueses já debateu esta matéria que não é simples”. “Temos de ponderar. Há um município no país que aplicou essas taxas e é caso para perguntar quantas caixas multibanco vai taxar”. Por isso entanto que “não vale a pena fazer demagogia com as decisões. É preciso proceder à avaliação, quantificá-las e ser claro e objectivo quando há propostas”.
O Bloco de Esquerda indica a existência de 88 balcões bancários em todo o distrito.
Mas defende que só as caixas colocadas na via pública devem ser taxadas.
Escrito por Brigantia
