Qua, 01/06/2011 - 13:25
A moratória na questão das portagens é defendida por todos os candidatos, excepto a CDU que é apologista da total isenção de pagamento.Para combater a desertificação é preciso apostar no turismo, nas indústrias de qualidade e na marca Trás-os-Montes defende Mota Andrade, do PS.Ideia que Francisco José Viegas, do PSD também apoia, mas com uma estratégia de marketing consertada.Já Nuno Sousa, do CDS-PP considera que não há políticas para a fixação de jovens no distrito de Bragança e que as autarquias nada fazem para incentivar o empreendedorismo local. A CDU, através de Manuela Cunha defende a criação de mais postos de trabalho e uma maior mobilidade. Uma mobilidade que surge com novas estradas, mas não pagas, ou pelo menos, com uma moratória, que pode ir de 5 a 7 anos, defende Viegas, do PSD.“Devemos valorizar o princípio do utilizador-pagador porque é um princípio estruturante de qualquer plano rodoviário, mas achamos que deve existir uma moratória de alguns anos que se aproximará dos cinco a sete anos para compensar todo o período de isolamento e carência de vias que existe no distrito” refere. Se há moratória, então o PS apoia e defende que só deveria haver portagens se houvesse uma estrada alternativa.“Nós fomos os primeiros a defender a moratória, mas agora há aqui uma questão que é a enorme dificuldade em que o país se encontra. Isso o próximo governo vai decidir” afirma Mota Andrade. Nuno Sousa, do CDS-PP não quer pagamentos para os transmontanos, mas apadrinha um sistema compensatório mais justo.“Este é um caso muito particular. Face à conjuntura económica, não havendo possibilidade de evitar as portagens, deve existir um sistema compensatório mais justo do que o PS apresentou de 10 viagens grátis por mês que se esgotam em dois ou três dias” considera. Manuela Cunha é mais radical e defende que ninguém deve pagar portagens, porque ao portajar também as empresas vão pagar a factura.“As portagens não vão só afectar os moradores, com ou sem moratória. Elas são um entrave para o desenvolvimento da economia porque as empresas que aqui se fixam vão ter problemas com isso, bem como o turismo. Por isso a CDU assume um ‘Não’ a estas portagens”. Para agricultura, o CDS-PP quer uma maior agilização do PRODER, que tem uma taxa de execução de 30%. A CDU pede a revisão da forma como são atribuídos os subsídios no país e melhorado o escoamento dos produtos transmontanos. Algo com que concorda Mota Andrade do PS, que não esqueceu a necessidade de impulsionar o regadio da Vilariça. O PSD aproveitou o debate para lembrar velhos problemas, como as dificuldades dos produtores de leite do Planalto Mirandês e da região do Tâmega e o acesso à banca para financiar investimentos no sector. Na saúde, Viegas acusou o PS de falta de sensibilidade social, o que Mota Andrade retaliou com o exemplo da criação de valências nos centros de saúde da região.Manuela Cunha apontou o dedo aos dois maiores partidos para frisar que ambos estão virados para a privatização, enquanto Nuno Sousa, que até apoia a criação da ULS, quer ver as despesas mais controladas.
De salientar que o Bloco de Esquerda foi a única força política que não se fez representar neste debate.
Escrito por CIR