Câmara obriga Mota Engil a parar com extracção de inertes

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Ter, 22/06/2010 - 09:15


A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros deu parecer negativo à Mota Engil para a extracção de 50 mil metros cúbicos de inertes na Serra de Bornes. A oposição já havia alertado para aquilo a que chama de “atentado ambiental” e, em último recurso, ameaça interpor uma providência cautelar. Mas, segundo o executivo, o parecer da Câmara é vinculativo e a empresa construtora do IP2 já terá parado com a extracção.  

O pedido chegou da construtora do IP2 para possibilitar a construção de uma rotunda de ligação ao itinerário, mas os técnicos da câmara não consideraram aconselhável a dimensão das escavações.

“A empresa pediu um parecer à câmara municipal e nós solicitámos alguns elementos para podermos ver como é que ficava a zona depois da extracção” explica o vice-presidente da câmara de Macedo, acrescentando que “os serviços deram parecer negativo”.

 

Duarte Moreno garante que o parecer é vinculativo e a empresa responsável pela construção do IP2 terá de parar com a extracção de inertes. “O parecer tem de ser cumprido” avisa.

   

A discussão do assunto foi levantada na última reunião de Câmara do executivo por Rui Vaz.

O vereador da oposição refere que se trata de “um atentado ambiental. A coberto da necessidade de se fazer uma rotunda em Bornes está-se a escavar a uma dimensão que nos preocupa numa Rede Natura e num espaço que requer alguns cuidados” pois para Rui Vaz “aquela extracção está a ser feita de forma ilegal pois não está licenciada muito menos pela quantidade de inertes”.

 

Ao que conseguimos apurar a construtora já terá parado com a extracção de inertes na Serra de Bornes.

 

As obras no IP2 decorrem a bom ritmo.

O único impasse continua a ser o troço no Douro, junto à foz do rio Sabor.

O autarca de Macedo de Cavaleiros, refere que ainda não foi encontrada uma solução para este troço do IP2 que teve de sair da concessão para que as obras pudessem iniciar.

“Em Macedo as obras estão a decorrer normalmente. A preocupação centra-se na zona do Douro, na travessia do rio” refere Beraldino Pinto acrescentando que é necessário clarificar “positivamente aquele troço intermédio que não está concessionado nem com execução prevista”.

Escrito por CIR