Câmara de Bragança também lança petição contra portagens na A4

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Qua, 09/03/2011 - 10:14


Cada vez se levantam mais vozes contra a cobrança de portagens na futura auto-estrada transmontana. O recente anúncio, por parte do primeiro-ministro, de que os transmontanos terão de pagar portagens mal a auto-estrada esteja aberta ao trânsito caiu mal entre as forças da região. E depois de Beraldino Pinto, presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros, ter avançado com uma petição contra as portagens por iniciativa própria, dias depois foi a vez de a câmara de Bragança aprovar, por unanimidade, a proposta de criação de uma segunda petição.

Jorge Nunes, presidente da câmara de Bragança e autor da proposta, diz que as duas se complementam e não há qualquer divisão entre os autarcas da região, mesmo se neste caso são dois eleitos nas listas do PSD.“Não conhecíamos essa”, diz Jorge Nunes. “Preparámos um documento que foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara”, explicou o autarca. “A obrigação dos transmontanos é congregar todas e ninguém estar condicionado a assinar A ou B.”

Jorge Nunes sublinha que é uma injustiça haver portagens em Trás-os-Montes, até porque, ao contrário do que acontece noutros pontos do país, aqui não haverá qualquer alternativa.

 

“Acredito na nossa obrigação de transmontanos de reagir contra a introdução de portagens em toda a extensão da futura A4, porque todo o traçado é construído por duplicação do IP4, ou seja, as pessoas não têm nenhuma alternativa segura. A EN15 é dos anos sessenta do século passado e tem zonas interrompidas pelo IP4. Por isso, não é alternativa”, defende Jorge Nunes.

 Para já, o presidente da câmara de Bragança entende que não deve ser tomada nenhuma medida extrema, mas que os transmontanos devem ter consciência da injustiça que está prestes a ser cometida.

Por isso, considera que, quantas mais petições houver, melhor.

 

“A perspectiva deve ser congregar esforços entre todos no sentido de mobilizar o máximo de cidadãos à volta deste problema. Quantas mais petições, melhor”, sublinha.

 

A petição está disponível no site da câmara municipal de Bragança e depois de reunidas o máximo de assinaturas possível, será enviada ao primeiro-ministro.

 

Contactado pela Brigantia/CIR, Beraldino Pinto, autor da primeira petição, preferiu não fazer comentários. Fonte do gabinete da presidência da câmara de Macedo sublinhou que a autarquia não quer “entrar em guerras” e que as duas petições “têm pretensões diferentes”, pois a macedense deverá ser entregue na Assembleia da República.

Escrito por Brigantia