Câmara de Alfândega privatiza microempresas da EDEAF

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Qui, 11/03/2010 - 10:37


A câmara de Alfândega da Fé vai privatizar as microempresas que estão a associadas à EDEAF, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Alfândega da Fé. Ao todo são quatro. Uma já foi entregue à Cooperativa Agrícola local. Outra deverá seguir o mesmo caminho.  

A iniciativa faz parte de um plano de reestruturação da EDEAF levado a cabo pelo novo executivo municipal e que pretende tornar as empresas autosustentáveis e reduzir custos para a autarquia.

“Em relação à queijaria, como a cooperativa tinha 49% do capital social tinha preferência, e por isso neste momento já está a gerir a queijaria” adianta a presidente da câmara. “Em relação à AlfaMel e à AlfaDoce está a decorrer um concurso, vamos aguardar pelas propostas que surgem e depois optaremos pela mais vantajosa” explica. Já quanto à AlfaPac, “vamos, de facto, extingui-la porque não faz sentido a câmara estar a gerir uma empresa de embalamento de azeite e, em princípio, vamos fazer um acordo com a cooperativa para que o equipamento fique à disposição de todos os produtores” avança.

 

Dentro de um mês o processo deve concluído relativamente às duas empresas que foram colocadas a concurso.

Quanto aos postos de trabalho, Berta Nunes garante que eles vão ser assegurados. “Não estamos a pensar fazer qualquer despedimento” afirma. “Vamos integrar os trabalhadores, se for necessário noutro tipo de funções” explica, salientando que no caso da queijaria “a cooperativa assumiu os trabalhadores”. Em relação à AlfaMel e à AlfaDoce “vamos ver se as pessoas que vão ficar com as empresas assumem ou não os trabalhadores e só depois disso é que poderemos resolver casos que eventualmente fiquem fora”.

 

Numa segunda fase, a autarquia quer reorientar a EDEAF para a missão para a qual foi criada, apoiando os produtores e valorizando os produtos locais. Isso “pode passar pelo licenciamento de algumas produções que são feitas em casa, como é o caso de produtores de queijo ou fumeiro e que não estão licenciados” refere a autarca, acrescentando que “esses produtores vão, depois, poder usar a marca Terras de Alfândega que vai ter um regulamento e só poderá ser utilizada se essas pessoas cumprirem um determinado tipo de regras”.

 

Segundo Berta Nunes, a privatização das microempresas não vai significar um grande encaixe financeiro para a câmara, mas garante que o passivo da EDEAF está agora controlado.

Escrito por Brigantia