Seg, 13/09/2010 - 09:17
A dívida a fornecedores rondava os nove milhões e meio de euros.
Mais de metade já foi paga.
Até ao final de Setembro, as contas devem ficar liquidadas.
“Tivemos a disponibilidade que um empréstimo que já tínhamos contratado que totalizava nove milhões e meio de euros e neste momento estamos a pagar toda a dívida a curto prazo” refere a presidente da câmara de Alfândega da Fé revelando que “já vamos em cerca de seis milhões de pagamentos efectuados. Estamos convencidos que até ao fim do mês de Setembro teremos todas as situações regularizadas e a partir daí contamos pagar a tempo e horas de acordo com o que a lei prevê”.
O empréstimo tem um prazo de pagamento de 12 anos.
Do plano também faziam parte as dívidas das duas empresas municipais - a EDEAF e a AlfandegaTur – e que também já estão a ser pagas.
“Já fizemos a cobertura de prejuízos de 2008 e 2009 de ambas as empresas municipais, pois a câmara anterior não estava a cumprir o que determina a lei, por dificuldades financeiras, que era a cobertura integral dos prejuízos das empresas municipais” explica Berta Nunes. “Neste momento essa situação também já está resolvida e essa cobertura de prejuízos permite-nos pagar a dívida a fornecedores que existia nas duas empresas”.
Em causa estavam cerca de 800 mil euros de dívidas nas duas empresas.
A aprovação do Plano de Saneamento Financeiro vai permitir também à autarquia prosseguir com a execução de algumas obras no concelho financiadas por fundos comunitários.
“Desbloqueámos uma outra situação que tem a ver com o facto de o Tribunal de Contas nos ter informado que não daria visto para nenhuma das obras candidatadas e até já aprovadas pelo quadro comunitário sem termos o saneamento financeiro aprovado” refere.
“Estamos a falar da estrada de Gebelim que já seta praticamente concluída e que só agora é que vamos poder pagar” exemplifica a autarca.
Com a aprovação deste plano, por parte do Tribunal de Contas, a câmara de Alfândega da Fé espera poder sair da lista das autarquias do país com maior dívida.
Escrito por Brigantia