Buscas retomadas no Tua

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Qua, 03/03/2010 - 10:49


Bombeiros, GNR e PSP retomaram, esta manhã, as buscas no rio Tua, em Mirandela, para tentar encontrar o corpo do menino de 12 anos que está desaparecido, desde ontem, ao início da tarde. As operações tinham sido suspensas, ontem, ao final da tarde.  

A elevada corrente que se fazia sentir foi a principal dificuldade encontrada pelas equipas de busca.

“O rio leva muita corrente e torna-se muito difícil fazer buscas subaquáticas” refere o coordenador distrital de Bragança da protecção civil, acrescenta que “também se torna difícil a deslocação dos próprios botes”. “Mas vamos fazer todos os esforços para o encontrar” garante Melo Gomes.

 

A criança, Leandro Filipe Pires, residente na aldeia de Cedainhos, Mirandela, frequentava o sexto ano na EB 2,3 do Agrupamento Luciano Cordeiro.

À hora de almoço, saiu da escola, na companhia do irmão gémeo e duas primas, tendo percorrido a ponte açude e, depois, desceu para a margem direita do rio, junto ao parque de merendas.

 

Ali, despiu-se e entrou na água, tendo sido arrastado pela forte corrente que se fazia sentir, devido ao facto das comportas estarem abertas.

Não são conhecidos os contornos que levaram a esta tragédia, porque existem relatos contraditórios.

 

No entanto, sem querer gravar declarações, a avó de Leandro revelou que o neto já foi agredido com violência, há um ano, por colegas, fora do recinto da escola, e teve de ser internado.

Também uma colega de turma, Tânia Batista, relata alguns episódios de violência.

“Alguns colegas maiores batiam-lhe e ele passava muitas vezes por mim a chorar. Outro dia aconteceu o mesmo e eu perguntei-lhe se lhe tinham voltado a bater. Ele respondeu que sim mas não me disse quem tinha sido porque tinha medo que lhe voltassem a bater” conta.

 

Sobre este assunto, o director do Agrupamento de Escolas negou a existência de qualquer episódio de violência, mas não esteve disponível para prestar declarações sobre o caso.

Entretanto, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Mirandela já avançou que a criança não está referenciada na comissão.

Os pais estão a ter acompanhamento psicológico, bem como o irmão gémeo e a irmã, de nove anos.

Escrito por CIR