Burocracia entrava investimentos turísticos no Douro

PUB.

Qui, 11/03/2010 - 10:26


Investir em equipamentos turísticos no Douro, nomeadamente na área classificada como Património Mundial, chega a ser desesperante. O desabafo é do presidente da Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes. Em causa, o excesso de burocracia.  

“É difícil descrever a dificuldade que é conseguir fazer alguma coisa” refere António José Teixeira, salientando que “abrir uma porta de um estabelecimento de turismo rural, restaurante ou bar é desesperante”.

O responsável conhece mesmo alguns casos de empresários que já deixaram de investir no Douro por causa da burocracia. “Tenho conhecimento de investidores que estariam na disposição de investir forte na região e depois de se aperceberem do que está a acontecer mudam o rumo do investimento porque sentem que não têm as condições mínimas para fazer o investimento com rentabilidade” descreve.

 

O presidente da Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes, entende que os programas de redução da burocracia, nomeadamente o Simplex, ainda não resultaram.

“Ainda há uma distância muito grande entre o que se anuncia e a prática vivida” afirma. “Este distanciamento continua a notar-se e só quando se entrar na mesma linha é que vamos conseguir sentir, por parte dos promotores, o apoio efectivo que é a redução completa da burocracia que sentem”.

 

Os principais entraves que os empresários apontam ao desenvolvimento turístico do Douro são: a necessidade de pareceres, por vezes contraditórios, e a demora dos processos nos diversos organismos da Administração Central.

Escrito por CIR