Seg, 03/08/2009 - 08:25
Um valor que as alegadas burlonas diziam ser para efectuar um seguro e também os exames médicos necessários antes da partida com destino sobretudo a Angola, mas onde também estavam referenciados países como a Bélgica e a Suíça.
As primeiras queixas surgiram há um ano contra uma suposta “engenheira de Mogadouro” e outra mulher que a acompanhava nas trapaças, altura também em que começou a funcionar na rua de Santa Catarina, no Porto, a firma “Moredo Prestige”.
Em toda esta história, a “engenheira” é conhecida por “empresária” e a amiga por “solicitadora”.
Sobre esta última recai também a suspeita de se fazer passar por médica para a realização dos ditos exames necessários.
As mulheres foram detidas no sábado pela Polícia Judiciária.
Depois de presentes a tribunal, acabaram por sair em liberdade, mas ficam sujeitas a apresentações periódicas às autoridades e estão obrigadas ao pagamento de uma caução.
A juntar à burla dos empregos há ainda as burlas na área da decoração.
Ao que parece, a suposta “engenheira” comprava peças em lojas de decoração, dizendo que o dinheiro que tinha na conta na Suíça estava bloqueado e que mais tarde pagaria.
Voltava a vender as peças, ficava com o dinheiro e nunca pagava aos vendedores.
Alguns comerciantes do Porto chegaram mesmo a dizer que a “engenheira de Mogadouro era boa falante e metia as pessoas no coração”.
Segundo a Polícia Judiciária, foram identificadas 80 vítimas, que terão sido lesadas em montantes que ascendem no total aos 65 mil euros.
Escrito por CIR