Burla com cheque roubado

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Qui, 03/09/2009 - 10:46


Uma mulher residente no concelho de Alijó, vendeu um jipe a um indivíduo da zona de Amarante. O carro foi pago com um cheque visado de 14.500 euros, só que o cheque estava dado como furtado e foi devolvido pelo banco. É a terceira vítima deste tipo de esquema no Norte do país.  

A história remonta a Maio de 2007.

A vítima só agora divulgou o caso por ter lido recentemente várias notícias sobre a detenção de dois indivíduos acusados de terem conseguido apoderar-se de várias viaturas pelo mesmo método.

Segundo diz é uma forma de alertar outras pessoas para não caírem no mesmo erro.

O processo está em tribunal, os implicados já foram apanhados pelas autoridades, mas ainda ninguém pagou pelo crime, o que desagrada à queixosa.

 

Tudo começou numa ida à feira de Alijó para comprar duas caixas de fruta.

A mulher levou o jipe e após o negócio aceitou ajuda do vendedor para carregar as caixas na viatura.

Naturalmente, trocaram algumas palavras e na conversa a mulher disse que estava a pensar vender o jipe.

Passados três dias, durante uma saída com o marido, reparou que tinha 13 chamadas não atendidas no telemóvel, de um número desconhecido.

Pouco depois recebeu nova chamada.

Era um homem interessado no jipe, que até já o tinha visto com autorização dos filhos.

 

A dona do carro confirmou junto do potencial comprador que fora o vendedor de fruta a dar o seu contacto.

No telefonema acertaram logo o preço da venda (14.500 euros) e outros pormenores do negócio.

O interessado perguntou-lhe se não se importava que pagasse com um cheque da esposa, que até era doutora, e ela exigiu que fosse visado pelo banco.

Combinaram uma data para o negócio, que se concretizou.

A vítima da burla só meteu o cheque dois dias depois e qual não foi o seu espanto quando ele foi devolvido por falta de cobertura, com a indicação de que tinha sido roubado.

 

Sem perceber como um cheque roubado foi visado, a mulher fez queixa na GNR de Alijó e o caso seguiu os seus trâmites, durante os quais chegou mesmo a ser chamada pelas autoridades para identificar o comprador.

O tempo passou e agora lamenta que um dos implicados tenha conseguido autorização para ir ao Brasil, não tendo voltado ainda.

Segundo diz, o outro está com termo de identidade e residência.

 

A esperança de recuperar o carro já desapareceu, suspeitando que já tenha sido desmantelado para peças.

É uma história que confirma que todos os cuidados são poucos na hora de negociar com desconhecidos.

Escrito por CIR