Sex, 25/02/2011 - 17:01
Esta posição foi manifestada durante uma visita, esta sexta-feira, às obras da Auto-estrada Transmontana.
Para o presidente da câmara de Bragança é necessário que os Governos português e espanhol concertem estratégias.
“Estamos perante uma situação que é inédita pois o Governo Português e o Espanhol não fizeram o trabalho necessário para concertar os calendários e o investimento de forma a esta importante via de ligação europeia fosse concretizada em simultâneo” refere Jorge Nunes acrescentando que “do lado espanhol os estudos de impacte ambiental estiveram mais avançados do que do lado português mas entretanto ocorreu um atraso muito significativo ou mesmo o abandono dos projectos por parte do Governo Espanhol”.
O autarca salienta ainda a importância “de as autoridades espanholas compreenderem que uma via tão importante não pode chegar à fronteira e terminar”.
O presidente da deputación de Zamora critica a atitude do Governo espanhol neste processo.
“O Governo Português tem a auto-estrada em marcha, mas o que falta do lado espanhol está em projecto de execução. Os prazos já terminaram e não sabemos mais nada e o Governo também não contesta” refere Fernando Maillo, acrescentando que “as previsões até 2014 não contemplam qualquer começo de obra”.
Para dar mais força a esta luta, está já agendado para o dia 26 de Março uma marcha com partida de Bragança e de Zamora e com encontro marcado para a fronteira.
“No final do mês de Março faremos essa marcha a pé, por volta do dia 26” adianta Jorge Nunes. “Vamos ainda avaliar os termos em que isso vai ocorrer mas em principio faremos os 20 quilómetros a pé entre Bragança e Quintanilha e do lado espanhol iniciam em Zamora e depois retomam em Alcañices para que a distancia seja equivalente e nos encontrarmos no mesmo momento” explica.
Fernando Maillo salienta que as autoridades locais dos dois lados da fronteira fazem questão de participar nesta iniciativa.
“A ideia é juntarmo-nos na fronteira e esperamos que isso sirva para sensibilizar o Governo. Todos os cidadãos que nos queiram acompanhar podem faze-lo e eu o presidente da câmara faremos esses quilómetros a pé” refere.
Escrito por Brigantia