Bragança Classic Fest regressa entre 1 e 12 de Outubro com duas orquestras internacionais

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Ter, 17/09/2024 - 08:19


O evento vai contar com dois concertos que assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, uma homenagem ao maestro Victorino d’Almeida e outra, póstuma, a António Mega Ferreira.

De 1 a 12 de Outubro, está de regresso o Bragança Classic Fest. O festival foi apresentado ontem. O director artístico do evento, Luís Pinto-Ribeiro, que diz que o Bragança Classic Fest se está a tornar uma referência a nível nacional e internacional, trazendo a Bragança o que de melhor há no mundo a nível da música clássica, destaca a presença, este ano, de duas orquestras internacionais. “A presença de duas orquestras internacionais é, de facto, o elemento marcante. Trazer uma orquestra sinfónica de Paris e a orquestra barroca de Veneza a Bragança, a todos os níveis, é extraordinário. Ambas vêm com grandes mestres internacionais: o maestro francês Victor Julien-Laferrière, a dirigir a orquestra de Paris, e a orquestra de Veneza vem com o seu mestre titular, Giuliano Carella. São, de facto, grandes nomes da elite musical, que é um prazer, de facto, receber aqui em Bragança e que possam apresentar grandes programas, um deles dedicado a Beethoven, no caso da Orquestra de Paris, outro dedicado a Vivaldi na Orquestra de Veneza. São concertos monográficos, mas concertos que já estão a despertar imenso interesse e que tenho a certeza que serão a todos os níveis extraordinários também do ponto de vista musical”.

As orquestras vão dar os concertos no teatro municipal. A de Paris sobe a palco dia 5 de Outubro e a de Veneza dia 12. Além destes, há ainda outros concertos no teatro e nas igrejas de Santa Maria e de São Francisco. Os que acontecem fora do teatro são gratuitos, mediante o levantamento de um bilhete. O director artístico assumiu que há público de várias faixas etárias a participar e que o objectivo do festival é que seja de todos. “Um evento para todos, aberto para todos, como a música clássica deve ser, porque se é música que é clássica, que se mantém, que mantém a sua actualidade, ao longo dos tempos, ao longo dos séculos, é com certeza uma música democrática, para todos, para quem conhece ou para quem não conhece e passa a conhecer. Portanto, tem também muito essa mensagem, em termos um festival aberto a todos”.

Segundo o director do teatro de Bragança, o evento tem recebido, anualmente, cerca de 2500 espectadores. Este ano, com mais dois concertos, espera-se também um número maior. João Cristiano Cunha também confirma que há cada vez mais jovens a participar no Bragança Classic Fest. “Tivemos, o ano passado, com a Orquestra das Astúrias, um ensaio aberto, da 5ª Sinfonia de Beethoven, com 400 adolescentes. Não tenho dúvidas que os marcou para o resto da vida. Estamos a formar públicos e temos muita gente, da geração dos 30, digamos assim, que ouve música erudita. Eu também não ouço só música erudita. A ideia é sermos ecléticos nos nossos gostos e não se pode não gostar daquilo que não se conhece. A missão do Teatro Municipal é trazer artistas consagrados, mas também trazer novos talentos e aquilo que as pessoas não conhecem. Muitas vezes com salas com menos público, mas é esse também o nosso serviço público de cultura”.

João Cristiano Cunha destaca que não dá para crescer mais em termos de qualidade mas dá para crescer em termos de quantidade. “É para nós uma honra, para o Teatro Municipal de Bragança, nos seus 20 anos, em 2024, dar continuidade ao Bragança Classic Fest, que entendemos que também é já parte da nossa caminhada e estamos num patamar de excelência. Em termos de qualidade, nós estamos a falar aqui do topo nacional e internacional portanto será muito difícil elevarmos ainda mais a qualidade. Assim, crescemos um pouco em termos de quantidade e vamos ter este ano nove espetáculos, ou seja, quatro em igreja e cinco no Teatro Municipal de Bragança”.

O concerto de abertura acontece dia 1 de Outubro, no teatro municipal. O evento vai contar com dois concertos que assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, uma homenagem ao maestro Victorino d’Almeida e outra, póstuma, a António Mega Ferreira.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves