Qui, 08/09/2022 - 09:47
Ao longo de 10 dias, entre 30 de Setembro e 9 de Outubro, serão sete os concertos programados depois do sucesso da primeira edição com diversas lotações esgotadas.
Um dos destaques é a actuação da Orquestra de Câmara de Viena que abre o festival. Espectáculos da violinista ucraniana Diana Tishchenko ou a estreia do Juventus Ensemble são outros dos pontos altos do evento. Segundo o director artístico do festival, Filipe Pinto Ribeiro, a programação poderia ser apresentada em qualquer capital do mundo.
“É um festival que nivela por cima, temos uma programação de primeiro nível mundial e por aí podemos colocá-lo em qualquer grande capital, em Tóquio, Nova Iorque, em Paris e continua a ser um evento de excelência. Fazê-lo em Bragança é um motivo de enorme satisfação, todos os locais merecem o mesmo nível de oferta cultural e saber que se pode trazer a Bragança, com vários apoios, o que de melhor há na música clássica e não só, porque há outras músicas no festival, é um prazer porque estamos a construir o futuro”, sublinha.
O Bragança Classic Fest quer, na segunda edição, consolidar-se como evento cultural de referência à escala nacional e internacional e o facto de Bragança estar afastada dos grandes centros não afectou a qualidade da programação.
“Há já um reconhecimento internacional forte, o ano passado tivemos a presença de crítica internacional e as críticas foram muito boas. Foi um lançamento forte com uma programação bastante ambiciosa e consistente e coloca-o dentro dos festivais internacionais. Ao contrário de alguns países europeus, nós não temos uma programação no território tão abrangente, urge descentralizar e ao mesmo tempo levar a maior qualidade enquanto se decentraliza. Porque esse pode ser um dos problemas, quando se pensa em descentralizar, começamos a fazer algumas concessões em termos de dificuldades ou dos meios ou das distâncias”, referiu
O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, destaca a descentralização do festival e também a dispersão dos espectáculos por vários locais da cidade além do Teatro Municipal.
“Teremos concertos nas igrejas de Santa Maria, da Sé e pela primeira vez na igreja de São Francisco”, referiu.
Neste evento, a organização também tem o objectivo de envolver a comunidade local e em especial os mais jovens, “através da participação de alunos quer ao nível do IPB quer do Conservatório de Música, numa perspectiva de enriquecimento cultural e pessoal desses alunos”
O preço dos bilhetes de cada espectáculo é de 7 euros e no caso dos concertos gratuitos é necessário levantar bilhete.
O Festival é organizado pelo município e pelo Teatro Municipal de Bragança, contando com o alto patrocínio da Presidência da República, e o apoio da Direcção Geral das Artes e da Direcção Geral do Ensino Superior entre outros parceiros.