Bombeiros de Mirandela recorrem para Tribunal da Relação

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Qui, 09/07/2009 - 08:23


A telefonista dos bombeiros de Mirandela despedida, há mais de dois meses pela direcção devido a declarações prestadas à comunicação social em que denunciava a existência de um mau ambiente de trabalho na corporação, ainda não foi reintegrada.    

Apesar do tribunal de trabalho de Bragança ter dado provimento à providência cautelar interposta pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local a pedir a suspensão provisória do despedimento, a direcção recorreu para o Tribunal da Relação.

Há três semanas, o tribunal de trabalho deu provimento à providência cautelar para suspender o despedimento da operadora da central de telecomunicações dos bombeiros de Mirandela, mas a direcção recorreu para o Tribunal da Relação, após ter pago uma taxa de justiça correspondente a seis meses de salários da telefonista, cerca de 3000 euros.

 

O caso remonta a 31 de Janeiro deste ano.

Na altura, no final de um encontro regional de bombeiros profissionais, promovido pelo STAL, Maria Eduarda, delegada sindical e operadora da central de telecomunicações dos bombeiros de Mirandela, denunciou, através da comunicação social, a existência de mau ambiente de trabalho na corporação da cidade do Tua. Declarações que a direcção dos bombeiros considerou “injuriosas” e que “não dignificam” a associação, levando à instauração de um processo disciplinar que, em Abril passado, culminou com a notificação do despedimento de Maria Eduarda.

 

Recorde-se que na mesma corporação, outros quatro bombeiros apresentaram queixa, no Tribunal de Trabalho, contra a direcção pela alegada falta de pagamento de horas suplementares e da concessão dos dias de folga, que continuam a aguardar julgamento.

A telefonista dos bombeiros de Mirandela ainda não foi reintegrada, porque a direcção da associação decidiu recorrer da decisão do tribunal de trabalho de suspender provisoriamente o despedimento da funcionária.

Escrito por CIR