Bombeiros de Macedo ameaçam fazer greve de zelo

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Ter, 30/12/2008 - 09:15


Os bombeiros de Macedo de Cavaleiros não gostaram de ouvir o autarca local dizer que o concelho não precisa de equipas permanentes e profissionalizadas. Numa nota à imprensa, o corpo activo da corporação de Macedo de Cavaleiros e regiu às declarações do presidente da câmara.

Sem quererem identificar-se por receio de processo disciplinares, o grupo mostra-se indignado com a não integração de equipas profissionais de bombeiros.

Dizem que as declarações de Beraldino Pinto são "inconsequentes e irreais" e constituem uma "ofensa e não o reconhecimento da actividade".

Além disso ameaçam com uma greve de zelo se os alegados desentendimentos entre a câmara, o comando e a direcção da associação humanitária não se resolverem.

Até ao momento os responsáveis visados pelos bombeiros de Macedo não quiseram comentar esta posição dos soldados da paz.

Trata-se de uma aposta da Autoridade Nacional de Protecção Civil que, em parceria com as autarquias, vai remunerar um grupo de cinco bombeiros profissionais que vão servir de complemento aos bombeiros em regime de voluntariado.  O presidente da câmara de Macedo, Beraldino Pinto, disse recentemente que não via condições favoráveis para o município aderir.O Corpo Activo dos Bombeiros vem agora dizer, por comunicado, que “embora com uma capacidade de mobilização razoável, não tem capacidade de resposta em menos de 15 minutos no caso de incêndio e na maioria das vezes, em caso de acidente ou emergência médica, o tempo é de 5 minutos”.  Segundo os soldados da paz, esta demora “pode tornar-se letal e com prejuízos materiais elevadíssimos."Por essa razão, dizem que a não criação das equipas de bombeiros profissionais é uma ofensa, e não um reconhecimento do trabalho exercido já que "a criação destas equipas de intervenção, iria reduzir o tempo das saídas e diminuir os danos causados pelos incidentes."O corpo activo acrescenta que "não compactua com qualquer aproveitamento político que está a ser utilizado por líderes partidos e condena tal atitude". Assim sendo, pedem mais zelo pela segurança e menos política, e ameaçam mesmo com uma greve, caso os diferendos entre Câmara Municipal, direcção da associação humanitária e Comando não forem solucionados rapidamenteUma atitude de força que pode pôr em causa o socorro no concelho de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por CIR