Sex, 13/11/2009 - 11:51
“Do conhecimento que tenho do território, das condições em que vivem os nossos idosos e dos seus desejos, considero que o modelo dos grandes lares não é o mais adequado. Imagine-se, com 70 ou 80 anos, passar a viver numa casa com mais 70 ou 80 pessoas, um território completamente desconhecido, com novas regras, desenraizados da família dos vizinhos. Na minha opinião, isso é uma violência para o idoso.”
Por isso, Berta Nunes já pensa em ajudar a implementar um novo modelo alternativo:
“O que eu gostaria de ter em Alfândega da Fé era um novo modelo de cuidado aos idosos que não os desenraizasse da sua aldeia, que não os retirasse do convívio dos seus vizinhos, e que pudessem morrer onde querem. Muito poucos quererão morrer num lar da terceira idade, longe da família e dos seus vizinhos.”
Mas a presidente da Câmara de Alfândega da Fé diz que o modelo a implementar carece de um estudo para perceber as necessidades da população:
“Por exemplo, alguns idosos só necessitam de algum convívio com outros, para não estarem sozinhos em casa. Outros necessitarão de uma refeição e depois ir dormir a sua casa. Outros até poderão estar bem na sua casa, ir à horta, mas não gostam de passar a noite sozinhos. E outros, por causa da sua dependência, poderiam então ter de estar num equipamento que é como um lar, onde o idoso é cuidado 24 horas por dia.”
Em Alfandega da Fé, a nova presidente da Câmara, Berta Nunes, está a pensar promover um novo modelo de prestação de cuidados aos mais velhos, de forma a não os desenraizar do meio onde sempre viveram.
Escrito por CIR