Berta exige explicações sobre falhanço do Fun Zone

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Seg, 16/02/2009 - 08:49


O presidente da câmara de Alfândega da Fé deve uma explicação ao distrito de Bragança pelo falhanço do projecto Fun Zone Village Douro. Quem o diz é a vereadora da oposição na câmara de Alfândega e candidata do PS às eleições autárquicas.  

Berta Nunes considera que perante as expectativas criadas e as promessas feitas há explicações a dar.

“O presidente da câmara deve uma explicação aos alfandeguenses e até a todo o distrito porque o investimento estava previsto também para os concelhos limítrofes” refere a socialista acrescentando que “ele tem de nos explicar o que é que acontecer para inviabilizar o projecto ou se tudo isto não passou de um bluff”.

 

O presidente da câmara de Alfândega, diz que já explicou o que tinha a explicar logo que o projecto perdeu o estatuto de Projecto de Interesse Nacional.

“Os alfandeguenses sabem perfeitamente que o presidente da câmara tudo fez para que o projecto viesse para Alfândega e se não veio não foi por responsabilidade da câmara” afirma João Carlos Figueiredo. “As responsabilidades que foram assumidas foram mantidas enquanto foi mantido o PIN mas desde que o perdeu eu dei a explicação que tinha que dar” realça.

 

De recordar que o projecto perdeu o PIN em Abril de 2008 e só agora é que o autarca admitiu abandonar o projecto. Mas João Carlos Figueiredo afirma que “já nessa altura foi dada a conhecer publicamente a posição da câmara municipal”.

 

Mas Berta Nunes dá mais um exemplo do que considera ser outro projecto falhado, que é o caso da fábrica da Mecapisa.

A vereadora revela que a unidade tem estado quase sempre de portas fechadas e que os sete funcionários têm estado a trabalhar em Espanha.

“Foi prometido criar cerca de 30 postos de trabalho e neste momento passa a maior parte do tempo encerrada e os trabalhadores estão a deslocar-se todas as semanas para Espanha para trabalhar” denuncia Berta Nunes para quem “este é mais um investimento que vai constituir mais um prejuízo para o concelho”.

 

João Carlos Figueiredo explica que essas deslocações dos funcionários da Mecapisa a Espanha estão relacionadas com contratos feitos pela empresa que incluíam serviço de instalação e manutenção dos aparelhos vendidos.

“A fábrica fez várias negociações de fornecimento de material incluindo a colocação e o que está a acontecer é que parte do trabalho faz-se nos parques solares para manutenção dos equipamentos” refere o autarca.

 

O PS critica também o facto de a autarquia nunca ter apresentado nas reuniões de câmara o protocolo celebrado com a empresa.

Escrito por Brigantia