Sex, 21/01/2011 - 18:35
Perante a resposta do governo, os Bloquistas afirmam que poderá estar assim decretada a sentença de morte do Vale e Linha do Tua, e acusam Dulce Pássaro de ter cedido perante as pressões dos interesses económicos da EDP.
“Este tem sido um segredo que o ministério tem tido dificuldades em trazer a publico porque os documentos não estão disponíveis” afirma, acrescentando que “o ministério foi complacente com as falhas da EDP respondendo ao seus interesses de construção da barragem em prejuízo das populações e evitando a morte do vale e da linha ferroviária do Tua”.
Rita Calvário acrescenta que esta foi uma decisão tomada à pressa pelo Ministério para satisfazer os prazos da EDP.
“A barragem foi sujeita a uma avaliação de impacte ambiental com decisão favorável condicionada do ministério, mas a EDP não cumpriu um conjunto dessas condicionantes” lembra. “Para o mistério responder à pressa da EDP deixou cair algumas dessas exigências ou adiá-las para depois do licenciamento ou da construção. O ministério foi conivente neste caso para a EDP cumprir os prazos” acusa.
Está ainda por esclarecer se o INAG (Autoridade Nacional da Água) já licenciou a obra da barragem de Foz Tua para que se iniciem os trabalhos de construção desta barragem.
“Nós não sabemos se a licença já foi atribuída ou não e se já foi passada a concessão da barragem à EDP. Em 2008 foi feita uma adjudicação provisória a troco de 53 milhões de euros e agora já pode ter a concessão por 75 anos” refere, salientando que “quem é competente neste processo é o INAG, mas com a falta de transparência que existe não sabemos se existe ou não este processo”. “Mas não deve demorar porque o ministério está a apressar tudo” conclui.
Apesar de ter sido dada aprovação final à construção da Barragem de Foz Tua, o Bloco de Esquerda vai continuar a mobilizar-se para evitar a morte da linha do Tua, e afirma que a luta para evitar esta decisão do Governo, deve ser exercida pelas populações servidas pela linha do Tua.
Escrito por CIR
