Avaliação de professores suspensa na secundária Abade Baçal

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Ter, 18/11/2008 - 08:59


  A avaliação de desempenho dos professores está suspensa na escola secundária Abade Baçal, em Bragança, desde ontem à tarde.85 dos 90 docentes que reuniram em Assembleia Geral extraordinária aprovaram uma “moção deliberação” onde se comprometem a suspender a participação individual no actual modelo de avaliação.  

Os docentes afirmam que este processo “acarreta uma excessiva carga burocrática que está a prejudicar gravemente o normal funcionamento da actividade lectiva”.A presidente do conselho executivo da Abade Baçal já confirmou esta situação à Brigantia/CIR.Sem querer prestar declarações gravadas, Teresa Sá Pires adiantou, no entanto, que a moção vai seguir hoje mesmo para os organismos competentes, entre os quais o ministério da educação.A escola vai ficar a aguardar novas directivas.Até lá, a avaliação dos docentes fica suspensa.

Ontem Teresa Sá Pires, admitia antes da assembleia-geral de professores que a suspensão poderia ser o cenário mais provável. “Os professores vão falando sobre o assunto e esse é um dos temas de conversa do momento e que vão discutindo possíveis medidas que possam suspender o processo”, afirmou a responsável.

  Entretanto, nas outras duas escolas secundárias de Bragança também já foram apresentados abaixo-assinados e moções onde pedem a interrupção do actual modelo de avaliação de desempenho, mas o processo de avaliação continua a decorrer. Os docentes da secundária Miguel Torga foram os únicos que até ao momento já obtiveram resposta ao abaixo-assninado apresentado.De acordo com o presidente do conselho executivo, José Fernando Carrapatoso, que não quis prestar declarações gravadas, o ministério da educação enviou um e-mail onde refere “que não está autorizado o processo de suspensão de avaliação nas escolas”.Na Emídio Garcia, o abaixo-assinado continua sem resposta.

“A moção solicitava ao conselho pedagógico que se pronunciasse sobre a suspensão da avaliação que concordou com ela mas ainda não a encaminhou para as instancias superiores por isso o processo tem de continuar” explica Eduardo Santos, o presidente do executivo da Emídio Garcia que avançou também que houve uma maioria significativa de docentes da escola a subscrever o abaixo-assinado.

 Recorde-se que segundo números avançados pela FENPROF há 124 escolas que já suspenderam o modelo de avaliação em vigor até que ele seja revisto.

33 destas escolas são da área da Direcção Regional de Educação do Norte.