Qua, 28/05/2008 - 08:04
Está relacionado, por um lado, com o aumento das tarifas que, apesar de constarem no contrato, não se reflectiram na factura ao consumidor e, por outro, com os salários dos funcionários da empresa que continuavam a ser pagos pela Câmara. Ou seja, ambas as entidades são simultaneamente devedoras e credoras.
Actualmente é o vereador da oposição socialista, Augusto Faustino, que está conduzir o processo de reequilíbrio financeiro. Segundo diz, a Águas de Carrazeda já deve à autarquia mais de um milhão de euros. “O que está em causa é saber quais são os valores desse reequilíbrio financeiro, sendo certo que há aqui imensos valores por parte da câmara” esclarece o vereador acrescentando que a autarquia “tem avançado os salários da funcionários da Águas de Carrazeda que a empresa não tem restituído”. “Mas por outro lado, há esse reequilíbrio que tem a ver com o tarifário e com a seca de 2005”, considera Augusto Faustino afirmando que “agora é fazer esse acerto de contas para se chegar a bom termo para se saber quem deve a quem, sendo certo que a dívida da empresa para a câmara é bastante avultada e que passa já um milhão de euros”.
E é por isso que Augusto Faustino mantém que a concessão a privados de água e saneamento, assinada em 2001, foi um mau negócio. “Não faz sentido a câmara pagar aos funcionários e a empresa não fazer a restituição desses ordenados”, defende vereador da oposição socialista”, garantindo que é o que esta contratualizado.” “É evidente que as taxas deveriam ter aumentado mas uma coisa não tem a ver com a outra, até porque é ilegal juntar as duas coisas”, alerta Augusto Faustino. “E depois a seca de 2005 em que empresa teve algum prejuízo e em que a câmara pode assumir a partilha desse prejuízo”, sublinha o vereador. “Estou ansioso para que se resolva esta questão até porque não se pode manter”, conclui.
Quando concluir as negociações com a empresa Águas de Carrazeda, Augusto Faustino promete dar a conhecer aos munícipes o valor do acerto de contas.