Autarquia de Carrazeda de Ansiães contrai empréstimo

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Qui, 10/07/2008 - 09:15


  A Câmara de Carrazeda de Ansiães recorreu ao crédito para evitar nova devolução de fundos comunitários. Este ano já tinha devolvido mais de dois milhões de euros relativos a obras que não executou financeiramente. Uma entidade bancária emprestou esta semana à autarquia de Carrazeda 500 mil euros.

 

Destinam-se a concluir a liquidação de diversas obras em curso, de modo a conseguir a sua execução financeira dentro do prazo. Em causa estão as comparticipações comunitárias nos custos das piscinas municipais aquecidas, o parque radical, a entrada sul da vila e uma estrada municipal entre a zona industrial e a localidade de Pinhal do Norte.

 

O empréstimo agora contraído, e que terá de ser pago num ano, foi a única solução encontrada pelo executivo liderado pelo social-democrata Eugénio de Castro, depois de não ver aprovada a candidatura ao programa do governo “Pagar a Tempo e Horas”. “Dos tão falados milhões que tivemos de repor, já conseguimos repor à volta de 300 mil euros”, garante o autarca considerando que “nós tínhamos uma opção fácil que era não ter feito obras e a situação estava regularizada, mas nos optámos por repor e por fazer novas obras”.

                                                                                                          

Este ano, a Câmara de Carrazeda já tinha sido obrigada a repor mais de dois milhões de euros de financiamento comunitário relativo à construção do centro cívico e do Museu Rural do Vilarinho da Castanheira e à recuperação das Termas de São Lourenço.

 

Um processo que criou algumas dificuldades à autarquia, nomeadamente para pagar outras obras. Ora, sem as pagar corria-se risco de novas devoluções de fundos comunitários. Daí o novo empréstimo. “Fica o outro problema de fundo que é depois pagar este empréstimo, mas temos algumas soluções em mente, vamos ver se se concretizam”, afirma Eugénio de Castro concluindo que “a solução está encontrada a curto prazo ”.

A Câmara de Carrazeda pediu mais dinheiro à banca para pagar obras a tempo e horas. Eugénio de Castro espera respirar de alívio, pelo menos até dentro de um ano, altura que terá de liquidar o meio milhão de euros agora emprestado por uma entidade bancária.