Autarca de Mirandela preocupado com casos de violência escolar

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Ter, 09/03/2010 - 09:28


O presidente da câmara de Mirandela quebrou o silêncio a propósito do caso Leandro, a criança de 12 anos desaparecida nas águas do rio Tua há uma semana. José Silvano fala pela primeira vez no caso e revela ter sido apanhado de surpresa com a quantidade de casos de violência que têm sido denunciados nos últimos dias.  

O autarca não esconde que está preocupado com a situação.

“Pensei que em 14 anos de câmara não tivesse nenhuma surpresa, mas isto foi quase um estado de choque” confessa o edil. “Nada nem ninguém das entidades que têm responsabilidades sobre a matéria, PSP, CPCJ, indicava que houvesse sinalizações graves que pudessem levar a este resultado” afirma. “Este caso levanta questões que nunca foram conhecidas das entidades muito menos do presidente da câmara municipal” salienta.

 

José Silvano só espera que os inquéritos que estão a decorrer em simultâneo, do Ministério Público e do Ministério da Educação, esclareçam todas as causas deste drama. “Isto é demasiado grave para não ter uma solução e por isso espero que os inquéritos levados a cabo pelas entidades competentes esclareçam o que se passou para todos ficarmos sossegados e não preocupados com o futuro” refere.

 

O autarca tem seguido atentamente as operações de busca e considera que têm sido desenvolvidos todos os esforços para encontrar o corpo.

“Foi uma semana cansativa e de grande sofrimento interior para toda a gente que participou nas buscas no rio porque a preocupação era fazer tudo para que se encontrasse o corpo e se desse algum apoio à família” afirma José Silvano, acrescentando que acompanhou “no local todas as buscas e posso garantir que não foi possível fazer mais”.

 

As buscas continuam, mas com meios mais reduzidos.

Escrito por CIR