Autarca de Macedo de Cavaleiros preocupado com notícias do fecho de unidades de tratamento do cancro

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Seg, 18/01/2010 - 11:02


É com preocupação que o autarca de Macedo de Cavaleiros vê a notícia da reestruturação da rede de oncologia, que pode colocar em causa o Hospital de Dia da unidade hospitalar local.  

Mesmo depois das declarações públicas da ministra da Saúde e reconhecendo que todas as forças políticas partilham neste assunto do mesmo ponto de vista, Beraldino Pinto teme que “a frieza dos números” possa, mais uma vez, penalizar a região.

 

Na opinião do autarca, mesmo que o serviço de Oncologia não faça os tratamentos mínimos, segundo o relatório da Coordenação Nacional da Rede de Oncologia, o Hospital de Macedo tem meios técnicos e profissionais para continuar a servir a região. Na opinião do autarca pode ser, inclusive, ampliada a prestação de serviços.

 

“Há todas as razões para a manutenção do serviço, mas estas medidas economicistas às vezes desprezam alguns factores. Se vingassem aqueles números, também estaria na lista dos serviços a encerrar. O que acontece é que os números também são aqueles que os serviços querem que seja. Se a unidade de oncologia de Macedo tiver melhores condições pode atingir mais utentes e atir, por si só, os mínimos”, diz o autarca.

 

O presidente da Câmara garante já ter contactado a ministra da Saúde, dando-lhe conta da sua opinião.

 

 “Contactámos o Ministério da Saúde, que ainda não respondeu, mas já fez declarações nesse sentido”, diz.

 

Apesar de ter ideia de que não há intenções de encerrar o serviço de oncologia em Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto promete ficar atento. Até porque Carlos Vaz, administrador do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro já se mostrou disponível para receber em Vila Real os doentes das “pequenas unidades que possam encerrar”. Beraldino Pinto equaciona uma parceria com o distrito vizinho, reforçando a oncologia de Macedo de Cavaleiros.

 

 “Há uns meses propus a ambos os centros hospitalares um entendimento novo na área da oncologia para o reforço da unidade de Macedo. Continua a haver condições para que cooperem e o hospital de Macedo seja o ponto de serviço de oncologia desta região, ligado com Vila Real.”

 

Até porque há tratamentos que actualmente apenas estão disponíveis no IPO no Porto e que passarão a estar no Centro Oncológico de Vila Real, sendo um reforço para a região, mas sempre com uma interligação à unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros.

 

As mais-valias serão sobretudo ao nível da radioterapia, que não é possível realizar no Hospital de Macedo. Quanto à quimioterapia, Beraldino Pinto defende que deve permanecer na unidade hospitalar local.

Escrito por CIR