Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda assinala 40 anos a precisar de mais apoio do Estado

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Seg, 05/02/2024 - 08:14


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda assinalou, ontem, o quadragésimo aniversário

Em pleno dia de festa, o presidente da associação lamentou que as ajudas do Governo sejam fracas. O apoio do Estado Central deveria ser o triplo, admitiu João Lima. “Os anos têm sido muito difíceis porque as ajudas são poucas e uma casa destas já dá muita despesa. Refiro-me concretamente ao apoio que o Estado Central dá às associações de bombeiros. O financiamento que dá para nos governarmos é mínimo, é uma coisa pouca, é um PPC (Programa Permanente de Cooperação) que dá, por mês, três mil e poucos euros”, esclareceu, dizendo que o ideal era que esse financiamento fosse “o triplo”.

No mês passado, a câmara de Bragança atribuiu um apoio de 110 mil euros a esta corporação, tal como tem vindo a fazer nos últimos anos. Se não fosse a ajuda, os bombeiros de Izeda já tinham fechado portas. “Da câmara municipal temos tido apoio significativo. O que nos mantém abertos é o apoio que a câmara dá”.

A corporação tem cerca de 40 bombeiros. Os elementos têm chegado para o trabalho mas o ideal era ter mais alguns. “Temos duas Equipas de Intervenção Permanente com profissionais, o resto são voluntários. Neste momento, sentimos que nos fazia falta mais gente mas ainda não estamos no ponto de ruptura nem queremos chegar lá. Mais 15 a 20 elementos para nós já era bom. Estamos no Interior e não há fixação de emprego, o que prejudica o recrutamento para bombeiros voluntários”.

O Município de Bragança ofereceu uma ambulância aos bombeiros. Mas… quanto a veículos, há algumas carências, contudo não é fácil resolver a situação por causa da situação financeira da corporação.

 “Casas destas têm sempre falta de veículos. Ou são os carros que têm muitos anos, como os de combate a incêndios, ou as ambulâncias que têm muitos anos de vida e quilometragem. Adquirir temos adquirido sempre a crédito. Nunca conseguimos ter um tostão para dar de entrada aos vendedores”.

A cerimónia de aniversario contou com uma sessão solene, com imposição de insígnias, promoções e condecorações, bem como uma visita ao cemitério em homenagem e um almoço convívio.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves