Qua, 29/09/2010 - 09:27
O líder do movimento associativo não gostou do que ouviu ontem, aqui na Brigantia, e responde à letra.
“Eu não preciso de pedir satisfações a ninguém nem ao presidente da junta de Rabal para constituir as associações que entendo que devo constituir” afirma, acrescentando que o mesmo acontece “para os estatutos, Fui eu que criei a associação, fui eu que contactei as pessoas”. Ainda assim, diz que contactou “todas as juntas de freguesia da área do parque e só depois é que” criou a associação. “Não tenho de estar preocupado com protagonismo das juntas de freguesias”, dispara.
E, em tom irónico, Carlos Fernandes responde a Paulo Hermenegildo, que representa os autarcas das freguesias do Parque Natural de Montesinho e que ontem se mostrou descontente por não ter sido consultado antes da criação da associação.
“Há uma coisa em que eu estou de acordo com ele que é quando diz ‘Veremos aquilo que o futuro nos espera’. Eu agradeço-lhe o beneficio da duvida” pois “espero que daqui a uns tempos o senhor o presidente de junta tenha de meter a viola no saco e dizer o contrario do que disse agora” refere, considerando que “precipitou-se um bocado, mas ele é que sabe porque razão é que se queixa das dores dos outros”.
O líder da Associação de Naturais e Residentes nas Aldeias do Parque Natural de Montesinho, garante ainda que não são razões pessoais que o movem contra os responsáveis daquela área protegida.
Simplesmente, não conseguem responder aos objectivos da associação.
“Se fosse uma questão pessoal com os responsáveis pelo Parque Natural de Montesinho, o presidente da junta de Espinhosela teria alguma razão, mas não é isso que está em causa” afirma. “O que nos preocupa são as normas legais que são aprovadas nos órgãos de poder que nos afectam e contra as quais queremos lutar” acrescenta, salientando que “nós não estamos para perder tempo com os responsáveis do parque porque ele não pode resolver os problema porque não é ele que aprova nem revoga essas normas legais”.
Carlos Fernandes garante ainda não estar preocupado com a falta de apoio de algumas das maiores freguesias da área do Parque Natural de Montesinho à associação a que preside.
“Quem quer aderir adere, quem não quer não adere” afirma.
Para amanhã está também marcada uma reunião com o Governador Civil do Distrito de Bragança, a quem serão apresentadas as reivindicações do grupo de 15 pessoas que fundaram a associação de naturais e residentes nas aldeias do Parque Natural de Montesinho.
Para já, a sede vai ficar instalada em Donai.
Escrito por Brigantia