Ter, 17/02/2009 - 09:50
57 votos a favor e quatro contra (3 do PS e um do CDS/PP), confirmando o que já havia sido votado em reunião do executivo.
O presidente do município acredita que este processo ainda vai a tempo de influenciar o Governo de recuar na sua intenção de construir a barragem de Foz-Tua.
“Nós temos 60 a 70 dias que vão decidir esta questão toda com o ministro a pronunciar-se sobre o sim ou não aos investimentos na linha, o fim do estudo do impacte ambiental da barragem e o referendo” afirma José Silvano.
Naturalmente satisfeito com a aprovação está o autor da proposta, o deputado municipal independente, José António Ferreira ao afirmar que “fica satisfeito em ver aprovada pela assembleia municipal esta minha proposta de referendo porque sempre entendi que era instrumento que podia envolver as populações”.
O PS votou contra por considerar que não é uma proposta séria.
Aliás a bancada socialista apresentou uma proposta, que também foi aprovada, para que o referendo também aconteça nos restantes concelhos abrangidos pela linha.
Baltasar Aguiar diz que este processo é eleitoralista. “Isto é para consumo eleitoral” dizem os socialistas. “Mirandela representa 10% da população que é afectada pela construção da barragem e encerramento da linha do Tua e não pode sobrepor-se a todos os concelhos, por isso nós propomos que o referendo seja feito em simultâneo nos cinco concelhos” acrescenta Baltasar Aguiar.
O CDS/PP votou favoravelmente, mas Maximino Monteiro considera que a pergunta é muito vaga defendendo a linha e a barragem.
A CDU também votou a favor, mas, curiosamente, David Garrido até acha que era melhor não se realizar. “Se o Governo não quiser, não o é referendo que vai dizer que tem de ser” afirma o responsável, salientando que “votei SIM ao referendo mas não era necessário e ganhávamos mais se não se efectuasse”.
Agora a mesa da assembleia tem oito dias para entregar o processo nas mãos do tribunal constitucional que deve pronunciar-se no prazo máximo de 25 dias.
Escrito por CIR