ASCUDT vai ter sede e um lar

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Ter, 16/06/2009 - 09:13


Vão arrancar as obras para a construção da sede e lar residencial da ASCUDT, a Associação Sócio-Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes, em Bragança. A primeira pedra já foi lançada esta segunda-feira.  

O projecto está orçado em 850 mil euros, comparticipado em 60% pelo PARES.

Actualmente a ASCUDT apoia 15 utentes de todo o distrito.

As novas instalações vão permitir aumentar a capacidade e alargar o tipo de apoio prestado.

 

“Vai ter três valências. A residência autónoma, para cinco pessoas, e o lar, para 24. Finalmente, o apoio domiciliário, para 40”, revelou Adelaide Padrão, presidente da direcção da ASCUDT. A mesma responsável salienta que este projecto tem como mais-valia o lar residencial que até agora não existia.

 

“O principal objectivo é dar apoio porque há familiares que estão com dificuldades. E esta obra também é para ficarem aqui com apoio a todos os níveis”, revela.

 

As obras devem estar concluídas dentro de um ano e meio.

A ocasião foi aproveitada pelo presidente da câmara de Bragança para chamar a atenção para o impasse que permanece no Centro de Educação Especial.

Uma estrutura que acolhe pessoas com deficiência mas que não funciona aos fins-de-semana.

Jorge Nunes sugere que seja feita a contratualização com a Santa Casa da Misericórdia de Bragança.

 

“Neste momento resta à administração central contratualizar com a Misericórdia, uma instituição vocacionada para essa área, em que os horários sejam mais flexíveis. Pela organização, estrutura técnica, capacidade de gestão, a Misericórdia seria capaz e provavelmente a única capaz de o fazer.”

 

O Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, concorda que o CEE tem de passar para instituição particular de solidariedade social, mas diz que falta a decisão.

 

“É uma instituição que não pode dar-se ao luxo de encerrar ao fim-de-semana. A Segurança Social, enquanto instituição de estado, não tem vocação para este tipo de equipamentos. Pensou-se e ainda se pensa numa privatização. Está tudo naquela fase de tomar decisões e assinar os despachos. Se fosse uma decisão do Governo Civil, já há três anos que estava feito”, garantiu. 

 

Ainda assim acredita que o problema deverá ser resolvido em breve.

Escrito por Brigantia