Arqueologia contra vandalismo

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Seg, 23/08/2010 - 09:26


  Dar a conhecer os sítios arqueológicos do concelho de Macedo de Cavaleiros para evitar que sejam vandalizados.

É esse o objectivo da Associação Terras Quentes, que nos últimos cinco anos já escavou 20 locais arqueológicos no concelho de Macedo e realizou 45 intervenções, que envolveram mais de 1300 voluntários de universidades do país e do mundo.

 

Muitos destes arqueosítios têm um valor científico muito grande, sobretudo a Fraga dos Corvos, que já foi alvo de oito campanhas.

 

“Tem um valor científico muito grande por ser o único sítio da Península Ibérico onde é possível explicar espacialmente o início do bronze.”

 

 Na próxima semana decorre mesmo uma visita guiada à Fraga dos Corvos. Um local que, segundo o arqueólogo Carlos Mendes, habitualmente não é visitável.

 

 “Fora desse período de escavações, a Fraga não é visitável porque voltamos a entulhar tudo o que escavámos para proteger algumas descobertas.”

 

Tornar os locais visitáveis seria também uma forma de preservar os arqueosítios, até porque alguns deles já foram vandalizados.

 

 “Há três anos detectámos uma série de buracos de detectores de metais na Terronha de Pinhovelo. Fizemos a participação às autoridades mas o caso foi arquivado. Outra espécie de vandalismo é feita pelos proprietários dos terrenos, que por desconhecimento lá vão lavrando, muitas vezes com receio que possamos inviabilizar os seus terrenos.”

 

A Terronha de Pinhovelo está em vias de classificação como Património de Interesse Nacional e outros cinco locais arqueológicos como Património de Interesse Municipal.

Escrito por CIR