AOTAD quer alargamento do prazo de candidaturas

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Qui, 19/02/2009 - 08:18


A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) receia que os mais de mil olivicultores de 15 concelhos da região afectados pelas geadas do final de 2007 não venham a ser contemplados com as ajudas aprovadas em conselho de Ministros na semana passada. Isto porque o prazo de candidaturas termina já no final do mês e a AOTAD diz que a própria Direcção Regional de Agricultura ainda não tem disponível toda a informação necessária. Por isso, esta associação vai pedir um alargamento do prazo. 

Foi com satisfação que a AOTAD recebeu a informação que o Ministério da Agricultura decidiu ajudar nas despesas de replantação e reposição de oliveiras mortas, há cerca de um ano, que a associação estima ter afectado 1042 olivicultores, 449 hectares de olival novo, 1345 hectares de olival mais antigo, num total de mais de 272 mil oliveiras afectadas. Não obstante a importância desta medida, a AOTAD considera que o prazo de apresentação das candidaturas até 27 de Fevereiro é extremamente curto, até porque a própria Direcção Regional de Agricultura ainda não sabe esclarecer as muitas dúvidas.“Nós identificamos cerca de mil olivicultores com problemas nos concelhos que foram elencados pela portaria” refere o presidente da direcção da AOTAD “mas nós não sabemos de que forma são apresentadas as candidaturas nem as despesas elegíveis”. António Branco lembra que o anúncio das ajudas foi feito “na quinta-feira da semana passada e se hoje me dirigir à Direcção Regional de Agricultura ninguém me sabe dizer o que é que tenho de apresentar”. António Branco, diz que esta portaria é muita baseada em generalidades, e não esclarece, por exemplo, como é feito o cálculo da densidade de oliveiras por hectare “Se é pelos parcelários ou se é por deslocações ao campo”. Além disso entende que até 16 de Março não é possível verificar os prejuízos dos olivicultores porque “isto ocorreu há um ano atrás e há muitos agricultores que já arrancaram ou replantaram as oliveiras porque nunca ninguém deu garantias de que ía haver ajudas” refere o presidente da AOTAD. Por isso, a associação vai solicitar que o prazo de entrega de candidaturas seja alargado em “pelo menos um mês, para tratar das candidaturas e alargar o prazo em pelo menos mais dois meses para a questão da plantação” refere António Branco.A AOTAD aguarda com serenidade que o bom senso prevaleça e as questões que agora coloca sejam devidamente esclarecidas em benefício da fileira olivícola regional. 

Refira-se que estas ajudas destinam-se a explorações dos concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Chaves, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo, Valpaços, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa, Vimioso e Vinhais.

Escrito por CIR