Sex, 26/06/2009 - 08:18
“Nós devíamos ter um ministério da agricultura que tivesse capacidade de monitorização deste tipo de situação, não devia ser necessário o PCP vir solicitar isso publicamente” afirma António Branco.
“Quando nós chamamos à atenção que uma geada tinha reduzido grandemente a capacidade produtiva regional e que havia um grande impacto, nunca obtivemos uma resposta concreta até Fevereiro deste ano quando foi lançada a medida de reposição de capital produtivo” critica o responsável acrescentando que mais grave do que isso foi o facto de “nunca ter sido lançado um boletim técnico para que os olivicultores fossem aconselhados a fazer um certo tipo de intervenção para evitar esta situação”.
António Branco louva a ideia do PCP. “É um pedido muito bem-vindo e ainda bem que eles estão atentos, mas infelizmente nós sabemos quais são as causas que infelizmente não se prendem apenas com as geadas mas também com o abandono do olival”.
António Branco considera que a medida do quadro comunitário, de plantar cerca de 5 mil hectares de olival novo, não vai colmatar as perdas que se verificaram.
“Estamos a falar de cerca de três mil hectares de árvores afectadas e foi apenas o que nós conseguimos identificar mas deve haver muito mais do que isso” refere estimando “que haja pelo menos outro tanto de área afectada”.
O impacto é mais notório nas zonas onde os agricultores arrancaram as oliveiras “e foram imensos durante o último ano” salienta.
“Este quadro comunitário pressupõe a plantação de cinco mil hectares de olival novo para aumentar a produção mas regional mas não vão compensar a descida feita por esta ocorrência e assim vamos ficar sem aumentar a produção na região” teme António Branco.
Escrito por CIR