António Guterres homenageado no Museu do Côa por ter travado construção da barragem

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Sex, 31/07/2020 - 09:59


Cerca de 25 anos depois, António Guterres voltou a deixar o seu nome associado à arte rupestre do Côa.

A primeira vez como primeiro-ministro, mandou suspender as obras de uma barragem para salvar as gravuras que não sabiam nadar; a segunda, ontem, como Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, para descerrar uma placa comemorativa com o seu rosto e nome, no dia em que o Museu do Côa fez 10 anos.

António Guterres disse que a decisão de mandar parar as obras da barragem, nem sequer foi difícil ou corajosa, pelo que não reconheceu como meritória a homenagem.

“É verdade que se tinha gasto muito dinheiro na construção da barragem até aí e é verdade que havia muitas fake news, na altura. Muita gente dizia que estas gravuras tinham 100 ou 200 anos, que tinham sido acabadas de fazer e tudo isto era fita. Mas para mim foi sempre evidente que isto tinha que ser preservado”, referiu. 

Guterres tem agora o auditório do Museu do Côa com o seu nome. António Guterres sublinhou ainda que gostaria de ver a unidade demonstrada em torno da salvação das gravuras do Côa empenhada também por todo o Mundo para que não haja egoísmos em torno de um eventual tratamento ou vacina para a covid-19. 

O apelo de António Guterres, ontem, no Museu do Côa, no dia em que foram celebrados os 10 anos deste espaço museológico.

Escrito por Rádio Ansiães