Qua, 22/04/2009 - 16:37
Este fim-de-semana, o jovem português irá disputar com o My QI Meritus.Mahara no Bahrain International Circuit o derradeiro evento da GP2 Asia mas, antes de se sentar ao volante do seu Dallara Renault, Álvaro Parente recebeu o convite da Gulf Air, o patrocinador da prova de Sakhir, para asssumir os comandos do seu simulador de voo e tomar contacto com um Airbus A330 – um bimotor de duzentas e setenta e cinco toneladas capaz de transportar trezentos e trinta e cinco passageiros.
Esta foi uma experiência completamente nova para o jovem de vinte e quatro anos que teve a oportunidade de ter uma perspectiva diferente do circuito onde irá competir este fim-de-semana. “O treino de voo foi uma experiência fantástica. Simulámos levantar voo seguindo-se de uma rota que passava pelo Bahrain International Circuit e foi muito divertido sobrevoar a recta da meta a mais de quatrocentos quilómetros por hora, para depois realizar a aproximação final ao Bahrain International Airport”, afirmou entusiasmado Álvaro Parente.
O portuense pôde aperceber-se das exigências de um avião de grande porte, comparando-as às sensações que habitualmente vive no habitáculo de um carro de competição. “Nunca tinha dado conta de que um piloto tinha tanto para fazer num cockpit de um avião. Tem tantas responsabilidades comparativamente a um piloto de corridas. Quando estava a pilotar tinha que corrigir a inclinação do avião, manter a direcção, ter em atenção à velocidade para evitar que caísse e conservar a linha do horizonte. São muitos factores que nos obrigam a manter a concentração máxima, mas existe sempre o computador para nos aconselhar e para nos impedir de cometer erros”, afirmou o piloto que acrescentou: “Por exemplo, quando estava a baixa altitude, o computador alertou-me para descer o trem de aterragem. É mais fácil, comparativamente a um carro de corridas, porque um avião é muito mais pesado e reage mais lentamente a cada comando, mas numa emergência ou em situações de problemas técnicos é a experiência do Capitão que conta. Por isso, são os profissionais que devem tomar conta de um avião comercial”.
Após a sua experiência no simulador de voo da Gulf Air, o mais evoluído do médio oriente, Álvaro Parente passou a perceber com mais precisão todas as responsabilidades e dificuldades pelas quais passam os profissionais que habitualmente tomam os comandos do aviões em que voa, tendo presentemente ainda mais respeito por eles.
Agora que regressou a terra firme, a principal preocupação do piloto português é alcançar bons resultados no fim-de-semana que se avizinha, esperando, para isso, que a My QI Meritus.Mahara lhe possa colocar em mãos um carro competitivo.