Alimentação e sexualidade discutidas em Bragança no Dia Mundial da Saúde

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Qui, 11/04/2024 - 09:23


Uma boa alimentação é determinante para ter uma boa saúde mas não está ao alcance de todos

O preço de vários bens alimentares disparou e é cada vez mais complicado comer de uma forma saudável.

Ontem, nas Comemorações do Dia Mundial da Saúde, organizadas pela Escola Superior de Saúde do Politécnico de Bragança e pela União das Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, a nutricionista Lara Moura salientou que mesmo que haja pouco dinheiro é possível tomar medidas. “Olhar para a nossa roda da alimentação e tudo que está lá é saudável. Não estão lá bolachas, não estão lá cereais de pequeno-almoço, não estão lá carnes processadas, como hamburguês, salsichas, ou seja, tudo que é a base da alimentação também fica mais barato, porque não é processado, está a um preço mais acessível do consumidor e acaba por se reflectir numa alimentação mais saudável”, explicou.

Um dos temas centrais foi também a sexualidade e as doenças sexualmente transmissíveis.

Em termos de HIV, a sua prevalência, no distrito, está abaixo da média, segundo Ana Fonseca, médica da Unidade de Saúde Pública da ULS do Nordeste.

Ainda assim, sobretudo os jovens continuam a ter comportamentos de risco. “Em relação às doenças sexualmente transmissíveis, as pessoas acham sempre que podem confiar na pessoa, porque já a conhecem ou mesmo não conhecendo sentem que podem confiar, o que é certo é que temos de estar sempre alerta para esta possibilidade”, frisou.

Outra das oradoras de "A minha saúde, o meu direito", que juntou vários alunos do IPB, no Auditório Paulo Quintela, foi Joana Gomes. A psiquiatra e sexóloga defende que uma saúde implica uma sexualidade saudável. Para uma vida plena é preciso ter algumas coisas em conta. “Que o preservativo não fique fora de moda, enquanto método de barreira é extraordinário na protecção, não só de uma gravidez indesejada, mas também contra doenças sexualmente transmissíveis. Tudo isto tem que ser discutido e relembrado e as pessoas não têm que ter receio de se testar”, disse.

Estes foram alguns dos temas tratados e foram escolhidos pelos alunos. Adília Fernandes, directora da Escola Superior de Saúde, diz que os jovens estão muito conscientes das falhas e por isso quiseram tirar algumas dúvidas. “Têm consciência que a alimentação que fazem nem sempre é saudável e que cometem alguns erros, não só em sexo, mas também na sexualidade. Há alguns comportamentos que acarretam mais riscos e penso que eles próprios têm essa consciência e querem evitar que aconteça”, frisou.

Telmo Afonso, presidente da União de Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, salienta que a parceria para celebrar o Dia Mundial da Saúde tem corrido bastante bem. “Este ano ainda vamos ter a Semana da Saúde. Vamos sair para a rua, em colaboração com a Escola Superior de Saúde e a Associação de Estudantes desta escola, para rastreios à população, avaliando as tensões arteriais, o colesterol, as glicémias”, avançou.

Comemorações do Dia Mundial da Saúde ontem em Bragança.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves