Aldeia de Rebordainhos foi palco para simulacro com operacionais da região mas também espanhóis

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Sex, 07/06/2024 - 09:24


O número de incêndios em 2023 foi o segundo mais baixo da última década e a área ardia foi a terceira mais reduzida desde 2013

Ainda assim, os incêndios são cada vez mais violentos e destrutivos e tem sido necessário mudar algumas estratégias. No distrito, em que frequentemente, há ajuda por parte dos espanhóis, é fundamental treinar com os vizinhos.

Ontem, num Simulacro Transfronteiriço de Incêndio Rural, em Rebordainhos, no concelho de Bragança, o Comandante Sub-Regional das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, frisou que este tipo de exercícios serve para conjugar sistemas diferentes, de forma a não se perder tempo em situações reais. “Estamos a falar de um território com 200Km de linha de fronteira e a probabilidade de termos ocorrências comuns é muito grande. Como temos sistemas diferentes, estes exercícios servem exactamente para conjugar todas estas formas de trabalhar diferentes e pô-las no terreno quando formos confrontados com incêndio rural e termos os mecanismos já sincronizados”, explicou.

Os meios são cada vez mais modernos e tecnológicos, o que permite um combate às chamas mais eficaz e célere. “O que aqui temos é um posto de comando operacional, que é uma estrutura que tem por missão comandar e controlar todos os meios que são projectados no terreno, de planeamento e previsão do comportamento do incêndio, todas as questões de segurança, dividir sectorizar o incêndio para mais facilmente o controlar, portanto, toda uma logística que está por trás e não se vê”, disse.

Foi ainda testada a evacuação de um aglomerado populacional, no âmbito do programa “Aldeia Segura”, “Pessoas Seguras”, e a montagem de zonas de concentração e apoio à população.

Albino Rodrigues, presidente da União de Freguesias de Rebordainhos e Pombares, sublinha que foi uma boa forma de aprender o que fazer, conduzindo os populares para um local seguro, caso haja um incêndio. “Serve para acalmarmos as pessoas, saber as pessoas que faltam, se alguém fica preso em casa e depois controlar a situação. É bom       saber e envolver as pessoas”, frisou.

A aldeia de Rebordainhos tem cerca de 90 pessoas, as anexas, Pombares, tem perto de 20 e Pereiros cerca de 15.

A iniciativa serviu para treinar a capacidade de resposta dos meios de Portugal e das Regiões Espanholas, que fazem fronteira com a Sub-Região das Terras de Trás-os-Montes, nomeadamente com a Junta de Castilla y León e Xunta de Galícia, operacionalizando o Protocolo Adicional entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha sobre ajuda mútua nas zonas fronteiriças.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves