Ter, 23/12/2008 - 08:47
Os jovens, entre os 14 e os 19 anos, estavam a festejar o aniversário de um amigo quando entrou no estabelecimento um grupo de agentes da GNR do posto de Sendim à civil.
Segundo o porta-voz dos jovens, que não quis ser identificado, um dos indivíduos estaria alcoolizado e terá abordado o grupo de adolescentes de forma violenta.
“Estávamos na conversa quando um agente chega ao pé de nós e nos diz ‘Bato-vos eu a vós ou bateis-me vós a mim?’” conta. “Eu não sabia que era, mas os meu colegas sabiam que ele era agente mas estava vestido à civil e pensamos que não devia estar de serviço” acrescenta. “Ele parecia estar embriagado e estava acompanhado de mais quatro agentes que o foram buscar mas ele voltou a ir ter connosco e ameaçou-nos e insultou-nos”.
Este jovem participou o caso às autoridades através do 112 que encaminhou a chamada para a GNR.
No posto de Sendim, foi-lhe dada a indicação de que iria ser enviada uma patrulha para o local, mas acabou por não ir ao café. “Estavam a demorar muito porque já tinham passado cerca de 40 minutos e voltei a ligar para lá mas o senhor que estava de serviço disse-me que quando estavam a sair apareceram os colegas e por isso já não valia a pena ir” afirma o jovem.
Esta versão é confirmada por uma testemunha que estava no café naquela noite e que presenciou os desacatos. “O homem que estava mais embriagado dirigiu-se a um grupo de jovens e ter-lhe-á dito qualquer coisa do género ‘Bato-vos eu a vós ou bateis-me vós a mim?’” conta acrescentando que “houve lá uma situação em que ele apagou um cigarro no casaco de um dos miúdos e insultou-os”.
Esta testemunha que não quis ser identificada, critica a atitude dos agentes à civil que usaram a profissão para intimidar os jovens. “Ele disse aos miúdos que era GNR e no momento em que ele usa a profissão como uma espécie de garantia, deixa de ser um civil e passa a ser um agente de autoridade que não deve estar naquele estado de embriaguez e não deve intimidar com o intuito de arranjar confusão” refere.
Contactado o comandante do destacamento da GNR de Bragança, o tenente-coronel António Fernandes disse desconhecer a situação adiantando que os factos só poderão ser apurados quando houver uma queixa formal.
Escrito por Brigantia