Seg, 12/01/2009 - 08:51
A Aerovip começou hoje a operar na linha área regional.
A empresa de aviação assegura que não terá condições financeiras para garantir voos se estiver mais de seis meses sem receber o subsídio do Governo.
O contrato, assinado na passada quinta-feira, é válido até 2011 e a Aerovip vai receber mais de dois milhões de euros por cada ano.
É a primeira vez que esta empresa faz linhas regulares e o presidente do conselho de administração revela que no primeiro ano quer atingir os 75% de taxa de ocupação.
“Sabemos que temos possibilidades de encher o avião” afirma Pedro Leal. “No caderno de encargos a ocupação é de 55% mas nós vamos tentar atingir mais e os nossos objectivos rondam os 75% no primeiro ano” acrescenta o responsável.
A Aerovip vai operar com os aviões Dornier que adquiriu à Aerocondor, a antiga empresa de aviação a quem o Governo retirou a concessão.
Os aviões têm 19 lugares, mas a linha foi concessionada para 18.
Ainda assim, Pedro Leal salienta que no Verão número de lugares vai ficar limitado a 15. “É por causa do calor, porque a densidade do ar é diferente” refere, explicando que “à linha de água a densidade é mais forte e por isso precisamos de mais pista para o avião descolar”.
A Aeronorte, a empresa que terminou o contrato de prestação de serviços na passada sexta-feira e que operou durante oito meses, queixou-se do atraso do pagamento do subsidio por parte do Governo.
A nova operadora diz que se estiver mais de seis sem receber, vão poderá continuar a assegurar a ligação.
“É lógico que nós não estamos preparados para estar à espera mais tempo do que aquilo que está publicado no caderno de encargos” avisa Pedro Leal. “Nós temos 90 dias para apresentar um relatório que depois é apreciado pelas entidades competentes e depois há mais 90 dias para fazer a liquidação dos primeiros três meses” explica o presidente do conselho de administração da Aerovip salientando que estar à espera “mais do que isso é insuportável porque estamos a falar em seis meses”.
Os horários dos voos e o preço dos bilhetes mantêm-se.
A Aerovip assegura ainda os postos de trabalho que já existiam.
Os pilotos são os mesmos que operavam com a Aerocondor.
Escrito por Brigantia